“Me chamou de safada”, diz doméstica agredida por major da PM
Caso aconteceu na semana passada, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Funcionária entrou com pedido de medida protetiva
atualizado
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Rio de Janeiro – A empregada doméstica Patrícia Peixoto, que foi agredida com um tapa no rosto pelo seu ex-patrão, o major da PM Bruno Chagas, disse ter sido chamada de “safada” quando chegou atrasada no trabalho, no último dia 18.
Ao programa Encontro, da TV Globo, a funcionária contou que a discussão começou ainda no apartamento. “Normalmente chego às 9h, mas nesse dia me atrasei e cheguei às 9h20”, detalhou.
Veja o momento da agressão:
Segundo Patrícia, a discussão teve início a partir de uma mensagem postada por ela em uma rede social. “Ele me questionava sobre um status que coloquei no WhatsApp, que dizia algo como ‘Não custa fazer só porque tem empregada’, mas não direcionei aquilo a ninguém”, afirmou.
“Ele pediu para eu me retirar do apartamento, mas eu disse que queria a chave do meu carro. Ele mandou a esposa pegar e me chamou de safada. Não esperava por aquilo”, completou.
A violência aconteceu já no elevador. Lá, a funcionária teria dito ao major que prestaria uma queixa contra ele. “Ele disse que eu podia fazer isso, porque não ia acontecer nada, já que ele é major da PM”, explica.
Após as agressões, Patrícia registrou um boletim de ocorrência contra o ex-patrão. Na segunda-feira (25/7), a defesa da funcionária entrou com pedido de medida protetiva contra o major.
De acordo com a Polícia Militar, uma investigação foi aberta na Corregedoria da corporação.