metropoles.com

MDHC recriará comissão sobre mortos e desaparecidos políticos

Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania promoverá série de agendas e eventos em nome da preservação da democracia e da justiça social

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Clarice Castro/Ascom MDHC
Imagem de Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e Cidadania MDHC do governo Lula
1 de 1 Imagem de Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e Cidadania MDHC do governo Lula - Foto: Clarice Castro/Ascom MDHC

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) promove, a partir da próxima segunda-feira (27/3), uma série de eventos e agendas institucionais pela preservação da memória, da verdade e da luta pela democracia e justiça social. Entre elas, está a recriação da Comissão  Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, que ocorre no âmbito da Semana do Nunca Mais — Memória Restaurada, Democracia Viva, que segue até 2 de abril.

A comissão, que tem função de investigar crimes praticados durante a ditadura militar no Brasil, foi extinta pelo governo Jair Bolsonaro (PL) a 15 dias da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Chefiado por Silvio Almeida (foto em destaque), o MDHC afirma que o reestabelecimento do colegiado se dará por meio de decreto presidencial publicado nos próximos dias.

A pasta acrescentou que o período proposto para as atividades da Semana do Nunca Mais coincide com fases da história brasileira em que o “apagamento cultural e o autoritarismo tentaram mudar o curso dos acontecimentos reais e escusos aos interesses democráticos, progressistas e em defesa da dignidade humana”.

O golpe militar de 1964, que tirou o então presidente João Goulart do poder, ocorreu entre o fim de março e o início de abril.

“Movimentos recentes de nossa história, a exemplo dos últimos seis anos, agiram de modo contrário ao interesse social. Também por isso estamos promovendo essas agendas, que retomam o protagonismo da nossa luta por democracia”, destacou o assessor especial do MDHC, Nilmário Miranda.

Sob gestão de Nilmário, a Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade abriga a Comissão de Anistia — responsável pela Semana do Nunca Mais —, que teve o regimento interno publicado nessa quinta-feira (23/3).

Ditaduras na América Latina

Um levantamento da organização internacional Human Rights Watch (HRW) revela que 20 mil pessoas foram torturadas durante a ditadura militar no Brasil, entre 1964 e 1985. Além disso, contabilizam-se ao menos 434 pessoas mortas ou desaparecidas.

Além do Brasil, diversos países sul-americanos sofreram com ditaduras no século 20. No Chile, o governo autocrático de Augusto Pinochet durou 17 anos, de 1973 a 1990. Na Argentina, dois golpes instauraram ditaduras: a primeira, entre 1966 e 1973; a segunda, de 1976 a 1983.

Em ambos os casos, militares tomaram o poder. No Uruguai, a ditadura que durou 12 anos, com início em 1973, teve característica cívico-militar.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?