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Maximiano, da Precisa, pagou mesada de R$ 200 mil a vice dos Correios, diz MPF

Entre 2011 e 2014, Global Saúde pagou mais de R$ 2,5 milhões de propina por contrato na estatal, diz Procuradoria

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Depoente, Francisco Maximiano, sócio-proprietário da Precisa Medicamentos na CPI da Pandemia no Senado Federal
1 de 1 Depoente, Francisco Maximiano, sócio-proprietário da Precisa Medicamentos na CPI da Pandemia no Senado Federal - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

São Paulo – A Procuradoria da República em São Paulo divulgou nesta quinta-feira (30/09) que o empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos e da Global Gestão em Saúde, fez pagamentos mensais de até R$ 200 mil a Nelson Luiz Oliveira de Freitas, então vice-presidente de gestão de pessoas dos Correios. O esquema teria durado de 2011 a 2014.

Essa acusação foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF) em ação penal apresentada contra Maximiano em julho deste ano. O juiz Nilson Martins Lopes Júnior, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, retirou o sigilo do processo nesta quinta-feira (30).

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Maximiano e outros comparsas montaram um esquema que desviou dinheiro dos Correios, mas ele acabou delatado em acordo de colaboração premiada do ex-vereador Alexandre Romano, um dos delatores da Operação Lava Jato.

Segundo as investigações, Maximiano iniciou o esquema depois de fazer contatos com Nelson de Freitas, então vice-presidente dos Correios, para vender um produto chamado “Vale Medicamento”, que seria uma espécie de seguro que oferecia remédios. Os procuradores dizem que Freitas foi indicado ao cargo pelo ex-ministro Paulo Bernardo (PT).

Eles alegam ainda que Maximiano ofereceu o mesmo produto a José Rivaldo da Silva, que era na época presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores das Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect). O sindicalista também teria levado a proposta de Maximiano para Freitas, que enfim foi emplacada nos Correios. Assim, a Global Saúde acabou contratada sem licitação pela estatal de forma indireta, pois os Correios repassavam os pagamentos para a Fentect, que operava como intermediária da Global, diz a Procuradoria da República.

Pelo esquema, Maximiano começou a pagar R$ 50 mil por mês de propina para o ex-vereador Romano e para Freitas. No período dos pagamentos, o faturamento da Global Saúde saltou de R$ 800 mil para R$ 3,2 milhões, diz o MPF. Depois de um tempo, o pagamento de propinas para a dupla subiu de R$ 50 mil para R$ 200 mil mensais.

Romano usava suas empresas de fachada para emitir notas fiscais e disfarçar as propinas. Durante o esquema, de 2011 a 2014, Maximiano pagou mais de R$ 2,5 milhões em propinas pelo contrato dos Correios, ainda de acordo com os procuradores.

Além de Maximiano, também foram denunciados à Justiça sua irmã e sócia Micheli Maximiano Gonçalves, Alexandre Romano, Nelson de Freitas e José Rivaldo da Silva. A 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo  vai julgar os crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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