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Após sistema cair, Mauro Cid volta à PF para falar sobre ataque hacker

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, falou por cerca de 2 horas na última sexta, mas queda no sistema fez depoimento ser remarcado

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Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro PF
1 de 1 Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro PF - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PF), volta à sede da Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (28/8). Ele vai depor, a partir das 10h, não sobre a investigação de venda de presentes oficiais de forma ilegal nem a respeito da alteração de dados em cartões de vacina, mas em relação à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Na sexta-feira (25/8), Cid passou seis horas no prédio da PF, no centro de Brasília, para falar das ações do hacker Walter Delgatti Neto. Na saída, ele não conversou com jornalistas. César Bitencourt, seu advogado, no entanto, garantiu que não houve delação. “Não, ele não delatou”, apontou.

Das seis horas que passou dentro da PF, Cid falou por quase duas horas. O depoimento teve que ser interrompido, segundo Bitencourt, porque houve queda no sistema da instituição e, dessa forma, não foi possível ter acesso a outros autos. Nas palavras do advogado, o militar e os agentes “falaram sobre os fatos”.

 

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Tenente-coronel do Exército Brasileiro e ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, Mauro Cid fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro
Mauro Cid é alvo de diferentes frentes de investigação envolvendo Bolsonaro
Com isso, ele repete o comportamento que teve na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), em 11 de julho
Moraes solicitou lista de visitantes de Mauro Cid em junho
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Anotações de Mauro Cid para CPI da CLDF

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Tenente-coronel do Exército Brasileiro e ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, Mauro Cid fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro

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Mauro Cid é alvo de diferentes frentes de investigação envolvendo Bolsonaro

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“Assim que soube que o depoimento estava relacionado ao hacker, solicitou primeiramente ter acesso aos autos para prestar declarações. O sistema de Polícia Judiciária ficou fora do ar, fato que impediu formalizar o termo de declarações. O depoimento foi remarcado para as 10hs de segunda-feira”, informou uma fonte na PF.

Mauro Cid e o ataque hacker

Mauro Cid está preso desde maio, suspeito de envolvimento em um esquema de fraude nos cartões de vacinação de familiares e do ex-presidente. E também é investigado no caso das joias recebidas por Bolsonaro e, supostamente, vendidas de forma ilegal para enriquecimento do próprio ex-presidente.

No caso do depoimento de sexta e hoje, a PF apura se o militar participou ou tem informações do encontro e das tratativas que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Nas conversas, os dois teriam discutido um plano para invadir o sistema do CNJ e também para contestar a efetividade do sistema eleitoral.

Durante seu testemunho perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) responsável por investigar os ataques criminosos ocorridos em 8 de janeiro, Delgatti declarou que teve um encontro com Bolsonaro no Palácio da Alvorada em agosto de 2022. Ele relatou que ambos discutiram a possibilidade de invasão das urnas eletrônicas.

No decorrer da última semana, Cid foi até a CPI da Câmara Legislativa do DF, que investiga os atos golpistas do 8 de Janeiro, mas não respondeu às perguntas dos parlamentares.

Zambelli também está sob investigação sobre a invasão feita pelo hacker. A PF apura se Cid, como auxiliar de confiança de Bolsonaro, estava presente no encontro, se teria testemunhado a reunião entre Bolsonaro e Delgatti e possivelmente facilitado a realização de encontros de Delgatti com representantes do Ministério da Defesa.

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