Mauro Cid presta depoimento de cerca de duas horas à Polícia Federal
Havia a expectativa que o advogado de Mauro Cid falasse após o depoimento desta terça-feira (18/6), o que não aconteceu
atualizado
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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, prestou depoimento de cerca de duas horas na sede da Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (18/6).
Mauro Cid saiu da PF no carro de seu advogado, Cezar Bitencourt, às 17h30. Havia expectativa que o advogado falasse com a imprensa após o depoimento, o que não aconteceu.
No Rio de Janeiro, o pai de Mauro Cid, Mauro Lourena Cid, foi ouvido pelo Serviço de Inteligência da PF do RJ. Os dois foram questionados sobre a negociação de uma nova joia por emissários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A descoberta foi feita durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão realizado pela corporação no exterior, em conjunto com o FBI. Suspeita-se que o item também tenha sido um presente recebido por Bolsonaro durante o mandato como presidente da República.
Depoimento
Segundo apuração da coluna Igor Gadelha, na oitiva, o tenente-coronel disse desconhecer uma suposta nova joia que teria sido negociada de forme ilegal nos Estados unidos por alguém ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro
Durante cerca de duas horas de oitiva, os investigadores confrontaram o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro com o relato de um vendedor da loja em que outras joias do ex-presidente foram vendidas ilegalmente.
De acordo com esse relato, o pai de Mauro Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid, teria levado um bracelete para tentar vender junto com outras peças decorativas que Bolsonaro recebeu de presente.
Confrontado com o relato, o ex-ajudante de ordens disse aos policiais desconhecer a joia. Segundo fontes da PF, nenhum vídeo ou foto do suposto bracelete foi apresentado ao militar durante o depoimento.
O relato aos investigadores é o mesmo que Mauro Cid já vinha fazendo a aliados nos bastidores desde que a notícia da investigação da suposta nova joia veio à tona, conforme a coluna Igor Gadelha noticiou em 11 de junho.