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Mauro Cid presta depoimento à CGU sobre as joias sauditas

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid foi um dos enviados à alfândega para tentar liberar as joias apreendidas pela Receita Federal

atualizado

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Jair Bolsonaro e Mauro Cid -- Metrópoles
1 de 1 Jair Bolsonaro e Mauro Cid -- Metrópoles - Foto: Reprodução

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestou depoimento à Controladoria-Geral da União (CGU) nesta quinta-feira (1º/6). O militar falou sobre o caso das joias apreendidas pela Receita Federal.

A CGU abriu investigação para apurar a participação de servidores e autoridades no caso das joias sauditas apreendidas com a comitiva do ex-presidente Bolsonaro, em São Paulo.

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Joias foram apreendidas pela Receita Federal em São Paulo
Joias dadas a Michelle Bolsonaro foram trazidas ilegalmente ao Brasil
Receita não liberou joias trazidas ao Brasil pelo governo Bolsonaro
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Em diversos momentos, o governo federal tentou recuperar os itens de luxo avaliados em R$ 16,5 milhões. As peças seriam um presente do regime da Arábia Saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).

Segundo informações divulgadas pelo jornalista da Rede Globo Cesar Tralli, Cid respondeu questionamentos na condição de testemunha, e não de investigado. O militar repetiu as alegações apresentadas durante depoimento à Polícia Federal (PF).

Mauro Cid informou que não houve ordem de recuperação dos itens de luxo por parte de Bolsonaro, mas uma solicitação. O militar relatou que, em seguida, entrou em contato com o então secretário especial da Receita, Júlio César Vieira Gomes, sobre o caso.

Gomes afirmou que havia um pacote retido pela alfândega no Aeroporto Internacional de Guarulhos, mas já havia um pedido para liberação do item com data de novembro de 2021 em nome do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

O militar informou à CGU que Júlio César o orientou sobre as tratativas que deveriam ser realizadas e os documentos para solicitar a retirada do presente à Receita. A maioria das tentativas ocorreu por meio do WhatsApp.

Mauro Cid

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está preso desde o início de maio no âmbito da operação da Polícia Federal que investiga a inserção de informações falsas no ConectSUS, do Ministério da Saúde, para obter vantagens ilícitas.

Cid encontra-se no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília.

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