Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, chega à PF para depor sobre caso das vacinas
Cid será questionado sobre suposta falsificação de dados de vacina contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde
atualizado
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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel do Exército Mauro Cid, chegou à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, na tarde desta quinta-feira (18/5). Cid vai prestar depoimento em inquérito que investiga a inclusão de informações falsas nos cartões de vacina de pessoas da família dele e do ex-presidente da República.
O militar chegou à sede da PF escoltado pela Polícia do Exército e entrou pelo estacionamento por volta das 14h20. Veja:
Oficial do Exército Brasileiro, Cid está preso desde 3 de maio pela Operação Venire. Na data, a PF cumpriu 16 ordens de buscas e apreensão, além de seis mandados de prisão.
A operaçãofoi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A decisão aconteceu dentro do inquérito que apura as “milícias digitais”.
Entre os indícios levantados pela investigação da PF está o uso do computador e celular de Cid para acessar dados de Bolsonaro no sistema de vacinas do Ministério da Saúde.
Investigação
A PF apura se Cid cometeu os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação, peculato eletrônico e corrupção de menores.
Com a quebra do sigilo do celular do oficial, a PF apurou que Cid conversou por mensagens de texto e áudio com interlocutores sobre a adulteração de cartões de vacinação, inclusive de sua esposa, Gabriela Cid.
Segundo a PF, as inserções de dados falsos ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários. O próprio Bolsonaro teria o cartão de vacina adulterado, além da filha mais nova dele, Laura, 12 anos; Mauro Cid, a esposa e a filha dele.