Mauro Cid encerra depoimento sobre joias à PF após 10 horas
Cid foi o último a sede da Polícia Federal (PF), onde se realizou uma série de depoimentos simultâneos sobre o caso das joias de Bolsonaro
atualizado
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O tenente-coronel Mauro Cid encerrou seu depoimento nesta quinta-feira (31/8), na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, após 10 horas. A oitiva desta vez é no âmbito do inquérito que investiga o caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O militar chegou à sede da Polícia Federal por volta das 9h16 e saiu às 21h16.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi o último a terminar uma série de depoimentos simultâneos que incluiu o ex-presidente Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, além dos advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef. O pai de Mauro Cid, o general Lourena Cid, também foi ouvido pela PF.
Informações preliminares indicam que apenas Mauro Cid e seu pai, Lourena Cid, falaram aos investigadores em Brasília; Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, também prestou esclarecimentos em São Paulo.
Bolsonaro e Michelle permaneceram em silêncio durante a oitiva. Fabio Wajngarten também não falou. Um dos motivos apresentados por ele é o fato de ele ser advogado do casal Bolsonaro.
Em documento enviado ao delegado Fábio Alvarez Shor e assinado por sete advogados, a defesa do ex-presidente alega que os esclarecimentos já foram prestados em depoimento anterior de Bolsonaro, em 5 de abril.
Além disso, os advogados argumentaram que o Supremo Tribunal Federal (STF) não foi reconhecido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como fórum competente para receber e julgar os desdobramentos dessa investigação.
A defesa do casal Bolsonaro cita manifestação da PGR de 7 de agosto. Nesse documento, o órgão solicita que a competência para julgar o caso passe para a 6ª Vara Federal de Guarulhos (SP), onde as primeiras investigações se iniciaram, após a descoberta sobre a entrada ilegal de joias pelo aeroporto internacional.
“Os peticionários optam, a partir deste momento, por não prestar depoimento ou fornecer declarações adicionais até que estejam diante de um juiz natural competente”, alegou a defesa no documento