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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Os advogados de Cid, entretanto, alegam que ele não confirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro sabia do plano para matar autoridades

atualizado

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mauro Cid e Bolsonaro durante posse presidencial 2019 no Senado Federal minuta do golpe
1 de 1 mauro Cid e Bolsonaro durante posse presidencial 2019 no Senado Federal minuta do golpe - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O tenente-coronel Mauro Cid, em oitiva ao Supremo Tribunal Federal (STF), indicou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha ciência sobre o plano de golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens prestou depoimento ao ministro Alexandre de Moraes nessa quinta-feira (21/11) para esclarecer contradições entre a delação e as investigações.

Na audiência, Mauro Cid teria sido questionado em relação às informações apuradas pela Polícia Federal (PF) e que motivaram operação da última terça-feira (19/11). De acordo com relatório da corporação, nomes do governo Bolsonaro teriam atuado em plano para matar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.

Os advogados que defendem Mauro Cid, no entanto, negam que o ex-ajudante de ordens tenha confirmado a Moraes que Bolsonaro tinha ciência ou atuou como chefe de um plano de execução de autoridades.

Mauro Cid prestou depoimento por mais de três horas ao ministro Alexandre de Moraes no STF. Ao deixar o prédio do STF, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, afirmou que Cid “deu a satisfação e complementação, repetindo as mesmas coisas que ele tinha dito”. A advogada Vania Adorno Bitencourt, filha de Cezar, confirmou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da trama golpista.

Segundo o STF, o ministro Alexandre de Moraes confirmou a validade da colaboração premiada de Cid. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal.

Trata-se da segunda vez que Mauro Cid presta depoimentos nesta semana. Nessa terça-feira (19/11), o tenente-coronel esteve na sede da Polícia Federal, em Brasília, e depôs após os investigadores recuperarem arquivos que tinham sido deletados dos aparelhos eletrônicos do militar.

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Mauro Cid afirmou à PF que seu advogados se confundiu com perguntas
Mauro Cid deixa prédio do STF após audiência
Após Mauro Cid depor por 3h no STF, Alexandre de Moraes decide manter acordo de delação. Cid não deixou de ser indiciado por trama golpista
Em uma das entrevistas, o advogado Cezar Bittencourt afirmou que Mauro Cid teria dito ao STF que Bolsonaro sabia de plano para matar Lula
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid prestou novo depoimento à PF nesta quinta-feira (5/12)
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PF localizou um documento contendo informações sobre a delação Cid na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino

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Mauro Cid afirmou à PF que seu advogados se confundiu com perguntas

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Mauro Cid deixa prédio do STF após audiência

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Após Mauro Cid depor por 3h no STF, Alexandre de Moraes decide manter acordo de delação. Cid não deixou de ser indiciado por trama golpista

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Em uma das entrevistas, o advogado Cezar Bittencourt afirmou que Mauro Cid teria dito ao STF que Bolsonaro sabia de plano para matar Lula

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Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid prestou novo depoimento à PF nesta quinta-feira (5/12)

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Bolsonaro indiciado

Também nessa quinta-feira (21/11), a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de impor um golpe de Estado no país. O relatório está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Entre os 37 indiciados, constam os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também está elencado.

Ao Metrópoles, na coluna de Paulo Cappeli, Bolsonaro afirmou que “o ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”.

As 37 pessoas foram indiciadas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Segundo as investigações, o grupo estava dividido em seis núcleos distintos de atuação.

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