Massacre de animais: veterinária defende que criança não seja punida
Criança, de 9 anos, invadiu fazendinha e matou 23 animais no Paraná, sendo 20 coelhos e oito porquinhos-da-índia
atualizado
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A veterinária Brenda Rocha Almeida Cianciosa, uma das donas da fazendinha, ambiente onde uma criança de 9 anos foi responsável pela morte de 23 animais de pequeno porte, afirmou que o menino precisa ter auxílio garantido pelas autoridades competentes.
Ao Metrópoles a veterinária disse que a criança não deve ser punida, especialmente, porque a medida não trará de volta os animais assassinados.
“Eu não conheço nem a criança nem a família. Mas espero que as autoridades responsáveis pela condução do caso consigam prestar o devido auxílio ao autor. Não queremos punição para ninguém, até porque isso não vai trazer os animais”, ponderou.
O caso ocorreu no último domingo (13/10) e comoveu o país.
Cidade entristecida
De acordo com Brenda, a cidade de Nova Fátima, município no interior do Paraná, onde ocorreu o crime, está entristecida.
“A cidade é pequena, todos estão em choque. É muita tristeza depois de um grande dia”, lamentou.
O massacre dos animais ocorreu um dia após a inauguração do lugar, realizada no Dia das Crianças (12/10).
Imagens das câmeras de segurança do hospital capturaram o momento em que o garoto invade o local, arremessa, esquarteja e mutila os animais. Vinte coelhos e três porquinhos-da-índia acabaram mortos.
Nas redes sociais, internautas se revoltaram com o caso e pediram a internação do menino. Porém, menores de 18 anos são considerados inimputáveis. Isso significa que não podem ser condenados a penas por crimes.
A partir dos 12 anos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o adolescente pode sofrer medidas socioeducativas, caso cometa ato infracional, que não é um crime propriamente dito, mas uma ação análoga.
A Polícia Civil do Paraná informou o Metrópoles que não haverá implicações criminais para a criança que massacrou os bichos, devido à idade.
De acordo com a Polícia Militar, o veterinário Lúcio Barreto, também proprietário do hospital, acionou a equipe após encontrar mais de 15 coelhos mortos e outros animais soltos.
Ao verificar as imagens das câmeras de segurança, os proprietários se surpreenderam ao ver que uma criança, acompanhada de um cachorro, havia entrado no local e massacrado os animais durante 40 minutos.
Alguns bichos foram arremessados contra a parede, tiveram as patas arrancadas e foram esquartejados.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Brenda e Lúcio agradeceram o apoio da comunidade no caso. De acordo com eles, o povo da cidade ajudou a identificar o menino.