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Marun diz que pedirá “apoio de todos” para reforma da Previdência

Após declaração polêmica, ministro rechaçou condicionamento de liberação de crédito à votação

atualizado

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CPI JBS Carlos Marun
1 de 1 CPI JBS Carlos Marun - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB), comparou a nazistas os propagadores de “duas mentiras” sobre sua recente declaração quanto ao apoio à reforma da Previdência condicionada à liberação de crédito dos bancos públicos. “É como o nazismo em que uma mentira que se repete à exaustão e se transforma em verdade”, pontuou o novo articulador do Planalto em evento ao lado do presidente da Caixa, Gilberto Occhi.

O peemedebista disse que há uma “trajetória de hipocrisia e mentira que tenta se estabelecer com muita força”, fruto da propagação do discurso “politicamente correto”.

Para Marun, a primeira inverdade é que “a Caixa é só um banco como é o Bradesco”. “A Caixa existe para executar políticas públicas. Mente quem fala isso (que a Caixa é só um banco)”, esclareceu.

“A outra mentira é que eu estaria chantageando, condicionando (a liberação de crédito dos bancos públicos)”, disse o ministro, que desafiou a quem o acusa a “mostrar, separar naquela entrevista” alguma fala sobre a chantagem. “Não vão achar”, afirmou. A uma plateia esvaziada para assinatura de contratos de financiamento de saneamento básico em quatro estados, Marun questionou os presentes no Ministério das Cidades: “Quem aqui foi procurado condicionando a liberação dos recursos à aprovação da Previdência? A verdade é que não está sendo condicionado”.

Apesar de rechaçar a, segundo ele, mentira em questão, o ministro informou que o governo não deixará de pedir apoio à reforma em tramitação no Congresso. “Eu não abrirei mão de pleitear a todos os agentes essa ação, essa atitude de responsabilidade que é a aprovação da reforma da Previdência”, disse.

O governador Marconi Perillo (GO) saiu em defesa de Marun. Segundo o tucano, o governo do presidente Michel Temer é o que mais tem ajudado os estados nos últimos anos. Para ele, os governadores precisam demonstrar “reciprocidade”. “Somente nessas duas últimas semanas, o estado de Goiás está sendo beneficiado com R$ 800 milhões. Essas coisas nos empolgam, nos enchem de responsabilidade”, ressaltou Perillo.

O governador de Goiás avaliou que Marun está correto ao “colocar questões das reformas” para os governadores. “Precisa colocar mesmo. Sem a reforma da Previdência, o Brasil vai quebrar. O Brasil vai falir se a gente não tomar decisões responsáveis”, declarou. Segundo Perillo, Goiás possui hoje R$ 1 bilhão e meio de déficit previdenciário.

Perillo e Marun participam nesta sexta-feira (29/12) da assinatura de 24 novos contratos de financiamento com empresas estaduais de saneamento básico. Ao todo, serão liberados R$ 951,26 milhões para Espírito Santo, Goiás, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

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