Marta Golpista: a mulher acusada de dar vários golpes em Uberlândia
Moradora da cidade do Triângulo Mineiro, Marta Maria é conhecida por enganar outros habitantes. Família alega distúrbios psicológicos
atualizado
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Marta Golpista de Uberlândia, em caixa-alta, é o título de um grupo no Facebook com mais de 20 mil membros. Moradora do município em Minas Gerais, Marta Maria Mendes de Paula, 48 anos, é acusada de estelionato e furtos pelos habitantes do local, que, revoltados com as atitudes dela, usam as redes sociais para se manifestarem.
No grupo, criado para “monitorar” a mineira, vários usuários da rede social alegam ter sido vítimas de Marta. A polêmica começou em 2015, quando Antonio Moura expôs a suposta criminosa na internet, revelando detalhes sobre a rotina dela.
“Ela chega dizendo que mora no bairro, é sempre muito simpática, muitas vezes compra à vista e, assim que tem a confiança, leva um condicional e nunca mais aparece. Ela anda por toda a cidade, em todos os bairros. Ela furta também pequenas coisas, como celulares, dentro de lojas, mas gosta mesmo é de se arrumar em salões de beleza, onde diz na hora do pagamento que esqueceu o cartão ou pegou o cartão errado; diz que mora perto e já volta, uma verdadeira artista e cara de pau!”, informou Moura na publicação.
Ainda conforme Moura, “lojas da cidade levam prejuízos de até R$ 10 mil. A polícia pouco pode fazer, pois ela sofre de vários transtornos mentais, segundo a família”. A fama de Marta repercutiu em Uberlândia, mas, apesar das alegações, a polícia revela que a mineira, de fato, tem distúrbios psicológicos, diagnosticados em 2013.
Atitudes explosivas
De acordo com a Polícia Civil, as queixas mais recentes contra Marta datam de 2017, quando a mineira fez corte e coloriu o cabelo em um salão de beleza sem pagar pelos serviços. Ainda conforme a polícia, Marta já foi encaminhada várias vezes ao Hospital de Clínicas de Uberlândia. Em crises de problemas mentais em público, a mulher foi contida pelas autoridades algumas vezes, após reclamação de pessoas próximas.
A maioria dos boletins gira em torno de casos explosivos, e uma das vítimas informou que Marta “sofre de transtorno bipolar e apresenta atitudes agressivas”. Por fim, a polícia diz que ela usava medicamentos e fazia tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), mas teria se afastado.
Mineiros em alerta
No grupo sobre Marta no Facebook, vários usuários da rede acreditam que a acusada sofre de distúrbios psicológicos, mas ainda assim andam “prevenidos”. Ao Metrópoles, o empresário Alex Almeida, 38 anos, revelou que já conhecia a fama da mulher e a identificou quando Marta visitou seu pet shop, em Uberlândia. Segundo ele, Marta teria ido à loja duas vezes e dialogado bastante. Cuidadoso, Almeida diz que a mulher tentou aplicar um golpe após “agradá-lo” com palavras.
Antes de ter o nome repercutido no município, porém, Marta teria enganado muita gente. No Facebook, vários relatos dão a entender que a mulher é articulada e consegue se safar na grande maioria dos casos. A internauta Daniela Wellington disse que Marta chegou a ir à sua casa para pedir dinheiro “porque o irmão dela queria espancá-la”.
“Minha tia, como tem um bom coração, deu R$ 10 a ela, o único dinheiro que tinha. Mas eu fiquei com uma pulga atrás da orelha, essa mulher anda tão bem-arrumada e bem-perfumada”, conta. Ao investigá-la, Daniela descobriu que Marta teria dado golpes em várias lojas de seu bairro.
“Ela mora no bairro Planalto e sempre está no terminal onde pega ônibus para aplicar seus golpes; eu a vi tentando vender uma base Mary Kay para uma senhora…”, alertou Muriel Silva, outro usuário da web. No Twitter, a mesma reação: pessoas se dizendo vítimas da mesma mulher.
Família e profissão
O paradeiro de Marta atualmente é desconhecido da Polícia Civil, que não sabe informar a profissão dela. As autoridades também não têm contato com a família. A reportagem tentou localizar a mineira, mas sem sucesso.