Marqueteiro tenta delação dizendo que Dilma o alertou sobre prisão
João Santana passou seis meses preso após ser alvo da 23ª fase da Lava Jato em fevereiro de 2016 e pode ser julgado por esquema de propina
atualizado
Compartilhar notícia
O marqueteiro João Santana, responsável pela campanha presidencial da petista Dilma Rousseff, tenta destravar o acordo de delação premiada, parado desde o fim do ano, com os procuradores da Operação Lava Jato. Ele disse que a ex-presidente teria alertado a ele a sua mulher, Mônica Moura, sobre a prisão deles. As informações são portal Folha de S. Paulo.
Santana passou seis meses preso após ser alvo da 23ª fase da Lava Jato em fevereiro de 2016. Mônica Moura também foi levada pela Polícia Federal. O casal saiu da prisão em agosto após pagar uma fiança de R$ 31 milhões.
Como forma de evitar uma possível condenação, o marqueteiro disse que Dilma mandou um aliado avisá-lo da prisão feita pela PF com antecedência. Porém, até agora, os relatos não surtiram efeito na Procuradoria-Geral da República e na força-tarefa da Lava Jato.De acordo com os procuradores, o esquema de propinas que envolveu os pagamentos feitos pela Odebrecht no exterior ao casal já foram explicados por executivos da empreiteira. Ou seja, um acordo só seria viabilizado se houvessem novos fatos.
Em defesa a Dilma, ex-integrantes do governo petista afirmaram que as acusações de Santana não passam de “boatos”.