metropoles.com

Marinho: cerco a Bolsonaro é “contorcionismo para inibir a oposição”

Parlamentares de oposição realizaram coletiva de imprensa após operação da PF que visou entorno do ex-presidente Bolsonaro

atualizado

Compartilhar notícia

Vinícius Schmidt/Metrópoles
Rogério Marinho, candidato à presidência do Senado PEC das Drogas
1 de 1 Rogério Marinho, candidato à presidência do Senado PEC das Drogas - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (8/2), Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado Federal, afirmou que as recentes operações autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes são um “contorcionismo para inibir a oposição”.

A declaração foi feita após a Polícia Federal (PF) deflagrar operação para apurar a tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

O esquema teria sido arquitetado por autoridades e militares. Além de Bolsonaro, o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, está entre os investigados e foi preso por porte ilegal de arma.

Durante a coletiva, Marinho argumentou que “o que era excepcional está sendo banalizado”. “O princípio do juízo natural, da imparcialidade, da impessoalidade, o devido processo legal está sendo deixado de lado em nome da defesa da democracia, e isso fragiliza a democracia brasileira”, avaliou.

“Não é possível nós assistirmos uma investigação em que claramente aquele que é a pretensa vítima dessa ação é quem conduz o inquérito. Não é possível imaginarmos que há imparcialidade neste processo”, continuou Marinho, referindo-se a Moraes.

8 imagens
Carro da PF na casa de Augusto Heleno, em Brasília
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos alvos da operação
Equipes cumprem 33 mandados de busca e apreensão, inclusive na sede do Partido Liberal (PL), no Setor Hoteleiro Sul (SHS), em Brasília
Busca e apreensão em apartamento de Augusto Heleno, na 305 Norte
PF também mira o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto
1 de 8

Polícia Federal (PF) deflagra Operação Tempus Veritatis, nesta quinta-feira (8/2)

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 8

Carro da PF na casa de Augusto Heleno, em Brasília

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 8

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos alvos da operação

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 8

Equipes cumprem 33 mandados de busca e apreensão, inclusive na sede do Partido Liberal (PL), no Setor Hoteleiro Sul (SHS), em Brasília

Hugo Barreto/Metrópoles
5 de 8

Busca e apreensão em apartamento de Augusto Heleno, na 305 Norte

6 de 8

PF também mira o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto

Hugo Barreto/Metrópoles
7 de 8

Policiais encontraram "minuta do golpe" na sede do PL, no edifício Brasil 21, em Brasília

Hugo Barreto/Metrópoles
8 de 8

Polícia Federal deu 24 horas para Bolsonaro apresentar o passaporte

Hugo Barreto/Metrópoles

Os senadores de oposição Magno Malta (PL-ES) e Carlos Portinho (PL-RJ), líder do partido no Senado, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Jorge Seif (PL-SC) também participaram da entrevista coletiva.

Operação Tempus Veritatis

Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que políticos e militares se aliaram para uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. O objetivo, segundo as apurações, era manter Jair Bolsonaro (PL) no poder e colocar em dúvida o resultado das eleições realizadas em 2022.

Além de Bolsonaro, estão na mira da PF o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; e os ex-ministros Walter Braga Netto (Defesa e Casa Civil) e Anderson Torres (Justiça). Dos alvos, ao menos 16 são militares.

Foram presos Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, e o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens. Também foram detidos os militares Bernardo Romão Corrêa e Rafael Martins.

Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, como a proibição de manter contato com demais investigados, proibição de sair do país e suspensão do exercício de funções públicas.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?