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Marinha envia equipe para região onde jornalista e indigenista sumiram

Jornalista inglês Dom Phillips e indigenista Bruno Araújo desapareceram na região do Vale do Javari, no domingo (5/6)

atualizado

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Divulgação/Marinha do Brasil – imagem ilustrativa
Marinha do Brasil
1 de 1 Marinha do Brasil - Foto: Divulgação/Marinha do Brasil – imagem ilustrativa

A Marinha do Brasil informou, nesta segunda-feira (6/6), ter deslocado uma equipe de busca e salvamento para a região onde o indigenista Bruno Araújo e o jornalista Dom Phillips teriam sido vistos pela última vez, antes de desparecerem, na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas.

Os militares da região foram encaminhados para Atalaia do Norte (AM), próximo à comunidade São Rafael.

Mais cedo, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) informou que Bruno Araújo e Dom Phillips se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que fica próxima ao Lago do Jaburu. O jornalista pretendia realizar algumas entrevistas com os habitantes daquela região.

Segundo informações iniciais, o indigenista e o profissional de imprensa desapareceram quando faziam o trajeto da comunidade Ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte.

arte colorida de mapa Vale do Javari
Mapa da região do Vale do Javari, no Amazonas

O editor do jornal britânico The Guardian Jonathan Watts, do qual Phillips é colaborador, pediu que as buscas sejam rápidas.

“Apelando às autoridades brasileiras para que iniciem urgentemente a operação de busca”, publicou Jonathan Watts no Twitter.

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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa
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Indigenista Bruno Araújo Pereira

Funai/Arquivo/Divulgação
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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução

Em nota, o jornal britânico manifestou preocupação com o desaparecimento, e afirmou que “busca urgentemente informações”.

“Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rápido possível”, frisa o texto.

Bruno Araújo era alvo constante de ameaças pelo trabalho que vinha fazendo junto aos indígenas contra invasores. Ele atua na Fundação Nacional do Índio (Funai) desde 2010, mas está licenciado.

O Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal e o Exército já foram acionados para realizar as buscas. O Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato também demonstrou preocupação com o caso.

A Funai informou que está acompanhando o ocorrido e mantém contato com as forças de segurança que atuam na região para colaborar nas buscas.

Indigenista renomado

Bruno é considerado um dos indigenistas mais experientes da Funai. No órgão desde 2010, ele foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por cinco anos. Acabou exonerado da função em 2019, após combater mineração ilegal em Terras Indígenas.

A  retirada do servidor do cargo ocorreu no momento em que o presidente Jair Bolsonaro  (PL) apresentou um projeto para liberar garimpos nas reservas.

O indigenista está licenciado da Funai, e atualmente faz parte do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente (Opi).

Jornalista prepara livro

Dom Phillips é um jornalista colaborar do jornal britânico The Gardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e mora em Salvador.

Phillips está trabalhando em um livro sobre meio ambiente, com apoio da Fundação Alicia Patterson.

Além do The Guardian, Phillips já publicou trabalhos no Financial Times, no The New York Times, no The Washington Post e em agências internacionais de notícias.

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