Marinha encontra parte de asa que seria de bimotor caído no mar
Objeto será periciado pelo Cenipa, assim como mochila e nécessaire achadas na água. Copiloto e passageiro seguem desaparecidos
atualizado
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Em meio às buscas pelo bimotor que caiu no mar entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ) há quase duas semanas, a Marinha encontrou, nesta segunda-feira (6/12), o que pode ser parte de uma das asas da aeronave. O copiloto, José Porfírio de Brito Junior, 20 anos, e o empresário Sergio Alves Dias Filho, 45, seguem desaparecidos. A descoberta também foi divulgada pela mãe de Junior, Ana Regina Agostinho.
A corporação informou em nota que o objeto foi localizado “entre a Ilha de Búzios e a Ilha da Vitória, ao norte da Ilha de São Sebastião (Ilhabela)”. A peça será levada para o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), onde passará por perícia. O mesmo ocorreu com uma mochila – identificada pela família do copiloto – e uma nécessaire achadas na água.
Até o momento, apenas o piloto, Gustavo Carneiro, 27, foi encontrado sem vida na quinta-feira (25/11), um dia após o acidente aéreo. Ele era de Corumbá (MS) e foi cremado no sábado, 27 de novembro.
A Marinha comunicou também que está na segunda fase de buscas, que compreende colaboração e oportunidade. A Força Aérea Brasileira (FAB) encerrou as buscas pelos dois homens e pelo bimotor, mas a Marinha segue em um trabalho conjunto com o Corpo de Bombeiros.
“O fato compreende a 2ª fase de buscas (colaboração/oportunidade) e faz parte do resultado da participação permanente da comunidade marítima em apoio às Operações de Busca e Salvamento (SAR), que mantêm a divulgação do desaparecimento dos dois tripulantes, diariamente, por meio de Avisos-Rádio”, escreveu a Marinha.
O caso
O bimotor decolou do Aeroporto Campo dos Amarais, em Campinas (SP), e tinha como destino o Aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. Prevista para levantar voo às 17h, a aeronave partiu com 3h30 de atraso.
O avião caiu no mar na noite do dia 24 e as buscas começaram na manhã do dia seguinte. O veículo tinha autorização para realizar voos noturnos, mas não para táxi aéreo, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).