Marinha é criticada na redes após vídeo em que menciona “privilégios”
Peça sobre Dia do Marinheiro mostra pessoas em momentos de lazer enquanto militares trabalham duro. Vídeo foi publicado após corte de gastos
atualizado
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A Marinha do Brasil divulgou um vídeo, neste domingo (1º/12), que questiona a ideia de que os militares são privilegiados. A publicação do filme publicitário ocorre poucos dias após o governo federal anunciar um pacote de corte de gastos, que inclui as Forças Armadas.
O vídeo, feito em comemoração ao mês do Dia do Marinheiro, compara pessoas em momentos de lazer com militares trabalhando duro e sob pressão. No fim, uma militar questiona: “Privilégios? Vem para a Marinha”.
Veja o vídeo:
O vídeo recebeu diversas críticas nas redes sociais. Entre elas a do professor universitário Piero Leirner, que escreveu no X: “Para a Marinha, não existe classe trabalhadora. Os civis são um bando de turistas no Brasil, enquanto eles fazem tudo”.
No último sábado (30/11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com os comandantes das Forças Armadas e com o ministro da Defesa, José Múcio. A reunião foi marcada de última hora no Palácio da Alvorada e sem publicação na agenda oficial.
Investigação da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas por golpe de Estado aponta que apenas o comando da Marinha teria se colocado à disposição da trama golpista. Os comandos do Exército e da Aeronáutica teriam negado.
O Metrópoles tentou contato com a Marinha. O espaço segue aberto a manifestações.
Corte de gastos
Na quinta-feira (28/11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um pacote de contenção de gastos, que deve ser enviado para aprovação do Congresso Nacional, e que inclui a extinção da transferência de pensão militar.
O documento ainda prevê o fim da morte fictícia, que é quando um militar expulso das Forças Armadas é tratado como morto para fins de pensão.
Também está prevista contribuição de 3,5% da remuneração do militar para o Fundo de Saúde e aumento progressivo da idade mínima para reserva remunerada.
O governo espera uma economia total de R$ 327 bilhões em cinco anos com as medidas de corte de gastos. Desse total, R$ 2 bilhões são a economia prevista com os militares.