Marinha assume controle de porta-aviões proibido de atracar em PE
Marinha alegou que objetivo da medida é “preservar a segurança da navegação” e evitar “danos a terceiros e ao meio ambiente”
atualizado
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A Marinha do Brasil informou que assumiu, por meio da Autoridade Marítima Brasileira (AMB), as operações que envolvem o casco do antigo porta-aviões São Paulo. Segundo a força militar de segurança, o objetivo é “preservar a segurança da navegação” e evitar “danos a terceiros e ao meio ambiente”.
A embarcação está impedida pela Justiça Federal de atracar no porto de Pernambuco, ainda em outubro do ano passado. Antes, o navio tentou, sem sucesso, o desembarque no Rio de Janeiro e na Europa. Desde o revés judicial, o barco estava vagando pelo litoral brasileiro.
O porta-aviões havia sido vendido para uma empresa turca, a Sók Denizcilik Tic Sti (Sóôk). No entanto, a companhia não conseguiu levá-lo para a Turquia, o que fez a embarcação a ser rebocada de volta para águas brasileiras. Na ocasião, o local escolhido para atracar foi Suape, no Grande Recife, em Pernambuco.
Ocorre, porém, que a manobra ligou o alerta das autoridades locais. Temendo riscos ambientais, o estado recorreu à Justiça, que deu razão ao governo pernambucano e determinou multa diária de R$ 100 mil ao governo federal e à empresa agenciadora, em caso de descumprimento.
A Marinha, então, assumiu as operações da embarcação diante da impossibilidade da empresa em arcar com os custos.
“A AMB não autorizará a aproximação do casco de águas interiores ou terminais portuários brasileiros, em face do elevado risco que representa, com possibilidade de encalhe, afundamento ou interdição do canal de acesso a porto nacional, com prejuízos de ordem logística”, defende a força militar.