Marina Silva diz que, como Weintraub, Salles está “pra lá de maduro”
Ex-candidata à presidência da República comenta os últimos acontecimentos no governo de Jair Bolsonaro e alternativas da oposição
atualizado
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A ex-ministra e ex-candidata a presidência Marina Silva (Rede-AC) achou positiva a demissão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, mas disse que o presidente Jair Bolsonaro não deveria parar por aí nas mudanças. “Esse ministro da Educação é como Salles [Ricardo, do Meio Ambiente]: tá pra lá de maduro. Deveria ter caído há muito tempo em função das incompetências, incongruências e todo mal que tinha causado pra educação brasileira”, disse ela em entrevista ao Metrópoles nesta quinta-feira (18/06).
Marina disse também que o governo “fabrica crises, não tem um plano de enfrentamento da pandemia e perde um ministro atrás do outro: já dois da Saúde, o da Justiça e agora o da Educação”.
A ex-senadora tem reunido esforços no sentido de construir uma opção de centro para as eleições de 2022 e mantém-se bastante próxima do pedetista Ciro Gomes. Os dois, no entanto, não conseguiram atrair o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o grupo. O ex-presidente, inclusive, tem criticado a iniciativa.
Ciro, ao Metropoles, disse que “com o lulopetismo corrompido” ele “não andará junto nunca mais”. “O Lula não está bem. Estamos vivendo a maior crise de saúde pública de nossa história e nossa economia está sendo devastada. Ajudar a resolver isso é nossa primeira prioridade. Pensar em eleições só atrapalha neste momento. Mas é o que está na cabeça dele e do Bolsonaro. E nosso povo está sofrendo. Mas está claro que com essa parte do lulopetismo corrompido não andarei junto nunca mais”, disse Ciro, que tem defendido a tese de que os governos petistas fizeram muito mal ao país, a ponto de jogar o Brasil “no colo” de Bolsonaro.
Marina corrobora a visão de Ciro e ressuscita a cobrança de um pedido de desculpas do PT pelos erros no governo. “O PT já se excluiu de qualquer debate com o campo democrático progressista, porque não faz autocrítica dos erros cometidos. Quem não faz autocrítica dos gravíssimos erros éticos está disposto a continuar com as mesmas práticas e atitudes”, disse, ao Metrópoles, em recente entrevista.