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Marina diz que Amazônia perdeu umidade e está “vulnerável” a incêndios

Ministra do Meio Ambiente foi ao Senado nesta quarta (4/9) falar sobre combate a incêndios na Amazônia e no Pantanal

atualizado

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Roque de Sá/Agência Senado
Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no Senado
1 de 1 Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no Senado - Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse, nesta quarta-feira (4/9) que a Floresta Amazônica está perdendo “umidade” e isso deve tornar a região ainda mais vulnerável a incêndios, incluindo os naturais.

Marina explicou que os dados apontam que com o avanço da crise climática, a Amazônia, que sempre teve a umidade muito alta, está mudando de perfil, o que pode acarretar em mais fragilidade para a região.

“Significa que nós estamos em um processo severo de mudança do clima. A floresta entrando de perda de umidade e se tornando vulnerável a incêndio. Seja por ignição humana ou até no futuro, se isso permanecer, por fenômenos naturais, em função da incidência de raios. É uma química altamente deletéria, inimaginável”, explicou a ministra na Comissão de Meio Ambiente do Senado.

Incêndios naturais são aqueles que não são causados por ação humana, geralmente decorrentes de descargas elétricas ocasionadas pela queda de raios e combustão espontânea de fibras de algodão, por exemplo. Os casos são comuns em locais secos, como no Cerrado, mas não na Amazônia, que é uma floresta tropical úmida.

A ministra foi convidada para participar da comissão para falar sobre o combate aos incêndios na região amazônica e também no Pantanal.

Durante a sua participação, Marina reforçou que o cenário poderia ser “completamente incontrolável”. A ministra citou dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apontou que o desmatamento na Amazônia Legal caiu pela metade em 2023, com a menor marca desde 2018.

Marina argumentou que a divisão atual dos incêndios na região se dá da seguinte forma:

  • 27% (900 mil hectares) das áreas queimadas são de regiões de agropecuária na Amazônia;
  • 41% (1,4 milhão de hectares) em regiões de vegetação não florestal, como pastagem, por exemplo.
  • 32% são de áreas florestais.

Marina fala em articulação com Estados e ação para “empatar o jogo”

A ministra do Meio Ambiente disse ser importante a articulação que o governo federal faz com os estados da região amazônica e do Pantanal para enfrentar as queimadas.

Segundo Marina, o esforço do governo no combate aos incêndios no momento de uma seca histórica no país é para “empatar o jogo”. A chefe da pasta do Meio Ambiente explicou que a gestão petista trabalha para mitigar os dados e reverter as condições “desfavoráveis”.

A ministra citou como exemplos de condições ruins a união dos efeitos La Niña e  El Niño, do desmatamento, e da seca histórica.

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