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Marina Silva: “Chega de projetos políticos em cima apenas de nomes”

Em entrevista ao Metrópoles, a ex-senadora, que disputou três vezes a Presidência da República, falou das articulações para o próximo pleito

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Rachel Sheherazade entrevista Marina Silva
1 de 1 Rachel Sheherazade entrevista Marina Silva - Foto: Metrópoles

Após disputar três vezes as eleições para a Presidência da República, a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora pelo Acre, Marina Silva, falou, em entrevista ao Metrópoles, sobre os planos para o próximo embate nas urnas. Líder do partido Rede Sustentabilidade, Marina citou siglas com as quais tem conversado e criticou o que chamou de “fulanização da política”.

“Eu acho que o Brasil está na situação em que está porque nós fazemos uma fulanização muito simplista da política. É ‘qual é o nome’. E aí a gente acaba esquecendo quais são as propostas, quais são os compromissos”, afirmou. “Chega de participar de qualquer projeto político apenas em cima do nome da pessoa, de quem tem maior quantidade de pontos nas pesquisas eleitorais”, disse à jornalista Rachel Sheherazade (confira a partir do minuto 25’30’’).

Ao listar os partidos com quem a Rede faz um “debate político”, ela citou PDT, PSB, Cidadania e Partido Verde. “São partidos que estão no campo progressista, que têm dado uma contribuição para o fortalecimento da democracia, da justiça social, da melhoria da qualidade das instituições brasileiras”, explicou (24).

Marina, no entanto, criticou outras siglas. “Os partidos que tiveram a chance de governar por muito tempo decepcionaram muito a população. Principalmente em função de problemas éticos inaceitáveis, que foram os casos do PT e do PSDB”, afirmou (10’12’’).

Ao analisar as eleições municipais de 2020, Marina destacou o crescimento de candidatos jovens eleitos. “Em diferentes espectros ideológicos, nós temos uma busca da sociedade por renovação dos quadros políticos”, afirmou (10’20’’).

A ambientalista também comentou o apoio ao candidato do PSol que disputou o segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos – que também conquistou a simpatia do ex-presidente Lula e de outros líderes da esquerda, como Ciro Gomes (PDT) e Flávio Dino (PCdoB).

Evangélica, Marina falou sobre a relação entre religião e política e criticou o uso da fé para justificar posturas preconceituosas. “Se você quer ser homofóbico, se você quer ser preconceituoso, machista, racista, você seja por sua conta, não tente justificar isso no Evangelho ou na palavra de Deus”, declarou (17’24’’).

Na entrevista, a ex-ministra se manifestou sobre racismo e falou de episódios recentes de violência contra a população preta no país, como o assassinato de João Alberto, homem negro de 40 anos morto por espancamento de seguranças em frente ao Carrefour de Porto Alegre (RS). Marina também conversou sobre política ambiental, Covid-19, aborto e legalização da maconha.

A seguir, assista ao Metrópoles Entrevista. A seção reunirá jornalistas renomados a fim de dialogar com personagens relevantes nos contextos político, econômico e social do Brasil.

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