Marielle: Anistia questiona imparcialidade da Polícia Civil no caso
Para entidade, informação de que armas do mesmo modelo do usado no crise sumiram do arsenal da corporação coloca apuração em cheque
atualizado
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A Anistia Internacional questiona a imparcialidade da Polícia Civil na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e de seu motorista Anderson Gomes. Em nota oficial divulgada nesta sexta-feira (18/5), a Anistia cita uma reportagem da TV Globo segundo a qual as polícias do Rio teriam 71 submetralhadoras HK MP-S, modelo supostamente usado no crime.
Das 60 armas pertencentes à Polícia Civil, cinco delas teriam sido extraviadas em 2011. Outras 11 submetralhadoras pertenceriam ao Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar.
Segundo o entidade, “a informação de que armas do mesmo modelo da que teria sido usada na execução de Marielle Franco teriam sido desviadas do arsenal da Polícia Civil pode comprometer a competência e independência da Polícia Civil de investigar o caso”. “A Anistia Internacional urge que a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro se pronunciem sobre a imparcialidade das investigações”, solicita a organização no texto.Estamos há quase 65 dias da morte da defensora de direitos humanos e vereadora Marielle Franco. Durante esse período, diversas informações sobre o caso foram veiculadas pela mídia, inclusive de que a munição utilizada pertencia a lote vendido à Polícia Federal em Brasília e havia sido roubada na sede dos Correios, sem que houvesse nenhuma explicação ou pronunciamento oficial pelas autoridades
Trecho da nota da Anistia Internacional
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg) disse que “reitera sua confiança na Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) e no trabalho de excelência da Divisão de Homicídios”.
A Seseg diz estar “alinhada ao clamor da sociedade por Justiça e respeita o trabalho técnico de investigação cuja produção de provas qualificadas levará os culpados à condenação”.