“Marido até a morte”: suspeito de matar ex mandou áudio com ameaças

Goiânia – O motorista Julihermes Ferreira, de 34 anos, suspeito de matar a ex-mulher, enviava áudios com ameaças para ela. Uiara Borges, de 34 anos, foi morta a facadas em Amaralina, no norte goiano. O crime aconteceu no último sábado (20/7). O motorista foi preso nesta terça-feira (23), em Mara Rosa, também no norte de Goiás.

Segundo o delegado que investiga o caso, Peterson Amin, trechos dos áudios foram compartilhados nas redes sociais. Amin explicou que os áudios não foram enviados no dia do crime, mas disse que eles eram frequentes.

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“Eu não vou aceitar você arrumar outro. Eu sou seu marido, seu esposo e vou ser até a morte”, disse Julihermes em trechos dos áudios.

O delegado disse ainda que Julihermes é investigado por feminicídio. Disse ainda que o motorista já responde a uma investigação por ameaça e destacou que Uiara tinha uma medida protetiva contra o ex-marido devido aos áudios enviados.

Crime durante festa

Segundo um familiar da vítima, Uiara estava em Amaralina para um chá de panela na casa do irmão. De acordo com o parente, Julhiermes foi até o local e disse que se a mulher não fosse conversar com ele, o suspeito entraria e acabaria com a festa.

Em razão das ameaças, Uiara saiu para conversar com o ex-marido, momento em que foi esfaqueada por ele.

Uiara chegou a ser socorrida e levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu após uma cirurgia de emergência. A vítima deixou dois filhos de 7 e 15 anos, que, atualmente, estão com o avô. O corpo de dela foi velado e sepultado no domingo (21/7), em Amaralina.

Ex-marido preso

Ainda segundo a família de Uiara, após esfaquear a ex-mulher, Julihermes fugiu. Segundo o delegado Peterson Amin, que investiga o caso, o motorista foi localizado na casa de uma tia que estava viajando.

Conforme os familiares, Uiara e Julhiermes foram casados por 16 anos e tinham uma relação conturbada. Ao G1, um familiar informou que o homem batia na ex e tentou matá-la mais de uma vez. No entanto, eles estavam em processo de divórcio, separados há cinco meses.

Após o fim do relacionamento, segundo a família, Uiara mudou de cidade e trabalhava na obra da ferrovia, em Alto Horizonte, e os filhos do casal foram morar com o avô materno. Apesar da mudança de cidade, a vítima tem familiares e parentes em Amaralina e os visitava com frequência.