Mariana Ferrer vai recorrer ao STJ após André Aranha ser absolvido
Empresário foi absolvido em segunda instância da acusação de estupro. A vítima diz que suposto crime teria ocorrido em 2018
atualizado
Compartilhar notícia
Mariana Ferrer vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) após a Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) absolver André de Camargo Aranha (foto principal) da acusação de estupro. A decisão foi unânime, por 3 votos a 0.
Essa foi a confirmação em 2ª instância da absolvição de Aranha, que também foi julgado inocente em setembro de 2020, quando o caso estava na primeira instância. Na ocasião, a audiência chocou internautas e teve enorme repercussão, uma vez que advogados presentes julgaram os conteúdos das redes sociais da influenciadora como se isso fosse desculpa para qualquer agressão.
Apesar de a defesa negar o suposto estupro, a perícia constatou no exame de corpo de delito que encontrou sêmen de André, sangue da vítima e que o hímen de Mari Ferrer foi rompido. Além disso, o exame toxicológico não apresentou resquícios equivalentes ao consumo de álcool ou drogas — como a acusação achava que poderia ter acontecido, já que a vítima acredita ter sido dopada — mas ainda não foi descartada a possibilidade do uso de ketamina, ou de outras substâncias. Ao processo também foram anexados áudios, vídeos e roupas manchadas de sangue da vítima como provas da agressão.
Em novembro do ano passado, um grupo de mulheres fez um ato no Museu de arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra a absolvição do empresário André de Camargo Aranha da acusação de estupro contra a influencer Mariana Ferrer. Durante a manifestação, elas fizeram uma performance inspirada na música feminista chilena “O estuprador é você”, que foi reproduzida em manifestações em diversas cidades do mundo no ano passado.
Entenda o caso
De acordo com a vítima, o crime teria ocorrido no Café de La Music em Florianópolis, em 2018. Mariana Ferrer trabalhava como promotora da festa e diz ter sido drogada e, em seguida, estuprada em um quarto que existia no local, segundo ela, para servir como cenário de crimes como esse.
“Fui levada para um lugar desconhecido por mim e acredito que também seja para a grande maioria das pessoas que lá frequentam. Nenhuma das pessoas que me acompanhava no dia me socorreu, pelo contrário, me abandonaram”.
Ela identificou André de Camargo Aranha como autor da violência. Desde então, Mariana pede por justiça e acusa o Estado de proteger o acusado por fazer parte de uma família influente de empresários e advogados de Santa Catarina.