Marcos do Val e Gilvan da Federal batem boca em aeroporto
Episódio ocorre logo depois que os políticos protagonizaram uma discussão na CCJ do Senado Federal
atualizado
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O senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) discutiram, na manhã desta quinta-feira (20/6), no Aeroporto de Vitória Eurico de Aguiar Salles, no Espírito Santo. A relação entre os parlamentares têm se mostrado cada vez mais hostil, visto que não é a primeira vez que ambos protagonizaram um bate-boca em público.
A informação foi divulgada por Andréia Sadi, da Globo, e confirmada pelo Metrópoles.
Gilvan contou para Sadi que do Val teria procurado o deputado em busca de “confusão”. “Ele me viu, saiu de onde estava e veio andando para trás de novo para arrumar confusão. Ele está procurando confusão porque está apagado no Espírito Santo, não tem credibilidade nenhuma e está procurando holofote.”
Ao Metrópoles Gilvan da Federal contou que Marcos do Val estava andando ao lado do senador Fabiano Contarato (PT-ES) quando avistou o deputado e começou a discussão. “Quando olhou pra trás me viu e veio até minha direção arrumar confusão. Como fez na CCJ. E postou um vídeo mentiroso nas redes sociais dele, dizendo que eu que quis arrumar confusão.”
“Em relação ao senador Marcos do Val, os ataques do deputado já vêm acontecendo há muito tempo, inicialmente, por meio de mensagens em grupos de WhatsApp e, mais recentemente, como visto ontem na sessão da CCJ”, informou a equipe do senador.
Marcos do Val vai procurar o Conselho de Ética para que medidas cabíveis sejam tomadas contra o deputado federal. O senador alega que o comportamento de Gilvan da Federal tem se demonstrado cada vez mais agressivo.
“Hoje, no aeroporto, quando o deputado novamente tentou agredir o senador, foi prontamente contido. O senador destacou que a função de um deputado federal é produzir resultados para o estado, com bons projetos de leis, enviando recursos para melhorar hospitais, escolas e a segurança pública para os capixabas, e não criar tumulto e confronto”, ressaltou Marcos do Val.
CCJ do Senado
Não é a primeira discussão entre Marcos do Val e Gilvan da Federal. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal dessa quarta-feira (20/6), o deputado e o senador discutiram e, depois, levaram as desavenças para as redes sociais.
Confira:
“Durante uma discussão com Marcos do Val, o senador perdeu a paciência e resolveu confrontá-lo, perguntando se o deputado [Gilvan da Federal] teria coragem de repetir os xingamentos que tem feito, inclusive por mensagens privadas”, publicou a equipe de do Val nas redes sociais.
Para se defender, Gilvan da Federal chegou a chamar Marcos do Val de “Swat” da Shopee, uma vez que o senador afirma que atuou como instrutor em imobilizações táticas e outros procedimentos para unidades da Swat [Táticas e Armas Especiais, na sigla em inglês], dos Estados Unidos.
“Hoje na CCJ do Senado. Sen Marcos Durval, o mesmo que disse que ‘O Bolsonaro me chamou pra dar um golpe’ e que ‘detestava ser chamado de senador bolsonarista’ veio tentar ofender a mim e ao Sen Magno Malta. Mexeu com o cara errado ‘Swat’ da Shopee, não recuo pra traidor 1cm”, escreveu Gilvan da Federal na rede social X.
O comportamento mais acalorado tem sido alvo de críticas de deputados e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Não é a primeira vez que membros do Congresso Nacional se enfrentam e por pouco não chegam às vias de fato.
“A Polícia Legislativa, daqui para a frente, está impedida de entrar no meio de uma discussão de dois parlamentares. Eles vão chegar às vias de fato, se quiserem brigar. Se acham que esse é a maneira de resolver, eles vão brigar. Ela vai proteger o parlamentar de problemas externos, um parlamentar contra outro, se acharem que vão resolver as vias de fato, eles vão chegar às vias de fato e a Polícia Legislativa não entrará mais nesse debate”, anunciou Lira.
Também na quarta-feira, Gilvan da Federal se envolveu em uma confusão com um cidadão que acompanhava a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. O deputado queria revistar o homem e afirmou que daria voz de prisão contra ele, no entanto, nenhuma ação se concretizou.