Marcha de Mulheres Negras pede fim do racismo no Rio de Janeiro
Manifestantes se reuniram em Copacabana para a leitura de manifestos e para pedir o fim da violência contra mulheres e negros
atualizado
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![Foto mostra multidão de mulheres com faixas ocupando Copacabana](/_next/image?url=https%3A%2F%2Ffly.metroimg.com%2Fupload%2Fq_85%2Cw_700%2Fhttps%3A%2F%2Fuploads.metroimg.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2023%2F07%2F30180403%2FMarcha-mulher-negra-RJ-compressed.jpg&w=3840&q=75)
Mulheres negras tomaram conta da orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (30/7). Elas participaram da 9ª Marcha das Mulheres Negras,cujo tema foi “Unidas contra o racismo, toda forma de opressão, violência e pelo bem viver”.
A manifestação foi organizada pelo Fórum Estadual de Mulheres Negras-RJ e contou com a participação de diversos coletivos ligados ao combate da desigualdade racial e de autoridades como a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
O evento fecha a semana de mobilização pelo Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, em 25 de julho. A escritora Conceição Evaristo leu o manifesto de abertura da marcha. “Vamos ocupar uma das orlas brasileiras de maior visibilidade, é um ato de coragem e denúncia”, disse.
“Marchamos pelo bem viver. O bem viver convoca a uma política de participação coletiva da população negra, de construção de poder horizontal e de distribuição dos lugares de decisão para mulheres negras”, completou Conceição.
![Foto mostra a A escritora Conceição Evaristo, na IX Marcha das Mulheres Negras do Rio de Janeiro -](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2023/07/30180337/Conceicao-evaristo-em-marcha-300x200.jpg)
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, esteve na passeata e disse ser uma importante ressignificação ter tantas mulheres de pele retinta reunidas na orla de um bairro onde costumam ir apenas trabalhar.
“A gente está em marcha, a gente não está dispersa, pelo contrário. Que bom que a gente tem o governo federal à frente de políticas públicas eficazes, de saúde a educação, segurança, que é o mais importante. É a nona marcha. A gente sempre marchou e vai continuar marchando. Estar ao lado dessas mulheres, para mim, está dando um sentimento de acalanto e fortalecimento nesse lugar”, sustentou a ministra.