Marcelo Queiroga fala em campanha para “economia de oxigênio”
Ministro da Saúde também ressaltou que, mesmo em apenas sete dias, já “mostrou qual é sua agenda”. Ele participou de audiência no Senado
atualizado
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Em audiência pública no Senado Federal nesta segunda-feira (29/3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comparou o trabalho que faz à frente da pasta como “um jogador em final de Copa do Mundo”. O cardiologista também ressaltou que, mesmo em apenas sete dias, já “mostrou qual é sua agenda”.
“Comparo meu trabalho ao de um jogador de futebol, na final da Copa do Mundo, e tem que bater um pênalti, aos 45 minutos do segundo tempo, para forçar o jogo a ir para a prorrogação”, disse aos senadores que integram a Comissão Temporária da Casa que analisa as ações do governo no combate à pandemia de Covid-19.
No encontro com os parlamentares, o ministro sinalizou a possibilidade de vacinar 2,4 milhões de brasileiros por dia.
“Teto é 2,4 milhões de brasileiros vacinados por dia. Semana passada vacinávamos 300 mil brasileiros por dia. Agora, já superamos mais de 900 mil vacinados por dia. Não é questão logística. É de disponibilidade de vacinas. O Brasil já providenciou 535 milhões de doses de vacinas”, disse.
Queiroga pediu que a nação brasileira una-se nesta pandemia “como uma nação em Copa do Mundo”. Ele também disse ter promovido mudanças internas e externas no pouco tempo no cargo. “Há mudanças, uma delas é o uso de máscaras e diálogo maior com a sociedade civil brasileira. Em sete dias, mostramos qual é nossa agenda”, enfatizou.
O ministro alfinetou o trabalho de seus sucessores. “Medidas que deveriam ter sido colocadas foram colocadas parcialmente”, criticou.
“Toda essa parte logística, vejo que aqui [na pasta] são muito organizadas. Talvez faltasse um pouco de comunicação com a sociedade brasileira, mostrando o que efetivamente o Ministério de Saúde tem feito em frente à pandemia da Covid-19”, completou.
Ele ainda cobrou colaboração da população brasileira: “Uso de máscara tem quase o efeito de vacinar toda população brasileira. Basta de tanto calor, precisamos de luz”.
“Economia de oxigênio”
Queiroga falou em lançar uma campanha para economia de oxigênio nos hospitais. “Todos sabemos que muitas pessoas chegam aos hospitais e às vezes a primeira providência é colocar o oxigênio nasal em quem não precisa de oxigênio. Então vamos tentar economizar. Vamos fazer uma grande campanha junto aos profissionais de saúde para o uso racional do oxigênio”, disse.
O ministro argumentou que a dificuldade existente hoje não está na fabricação deste insumo, mas no seu armazenamento e transporte até os hospitais. Segundo ele, a indústria não tem caminhões-tanque suficientes para prover de forma satisfatória a demanda.