Pelo menos 7 marcas interrompem patrocínio a canal de Gabriel Monteiro
Após denúncias, ex-PM perde parte dos anúncios em vídeos de seu canal no YouTube. Estimativa é que receba entre R$ 60 mil e R$ 240 mil
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – Marcas interromperam patrocínios em vídeos do vereador Gabriel Monteiro (sem partido) após denúncias feitas por ex-funcionários do parlamentar por abuso moral e sexual, além de exploração infantil para autopromoção.
Ao todo, o ex-PM reúne 21 milhões de seguidores em suas redes sociais. A estimativa de um especialista é que fature entre R$ 60 mil e 240 mil com vídeos do YouTube.
Empresas como a Buser, Shopee e Nubank, além de outras quatro marcas, já se pronunciaram. Nas redes sociais, a Buser disse: “Estamos cientes do ocorrido, nosso time já excluiu o canal da nossa lista de anúncios, e juntos com nosso time responsável vamos atualizar a lista de contas de acordo com nossa conduta”.
Até a veiculação desta reportagem, a publicação, feita na tarde dessa quarta-feira (30/3), acumulava mais de 4 mil curtidas.
Segundo a Shopee, o canal “não está de acordo com os valores da Shopee e nosso time de mídia já foi acionado para pausar os posicionamentos automáticos dos nossos anúncios”. O Nubank também informou a suspensão dos anúncios no YouTube ligados à página de Monteiro.
Empiricus, ClickUp, Universidade Estácio de Sá e a operadora Oi igualmente removeram o patrocínio do ex-PM.
A campanha #DesmonetizaGabrielMonteiro partiu da Sleep Giants Brasil, que promove um movimento contra o financiamento de discursos de ódio e fake news nas redes sociais.
Denúncias
No último domingo (27/3), ex-funcionários do vereador denunciaram ao Fantástico, da Rede Globo, assédio sexual e moral além de exploração infantil por parte do parlamentar. Gabriel Monteiro foi o terceiro vereador mais votado do Rio, com 60.326 votos.
Três funcionários e ex-funcionários de seu gabinete denunciaram o exercício da função parlamentar do vereador, que pedia “carinhos”, inclusive nas partes genitais. Monteiro também foi acusado de forjar vídeos para seu canal do YouTube.
Na última terça-feira (29/3), o Conselho de Ética da Câmara Municipal se reuniu para discutir as acusações. Por maioria de votos, decidiu apurar durante sete dias. Só após a análise das denúncias, o colegiado vai decidir se haverá representação contra Gabriel Monteiro.