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Mapeamento do BRT no Rio mostra que apenas 120 articulados circulam

Paes informou que frota aumentará e que há ônibus desgarrados do sistema. “Pelo GPS, vimos que um deles estava rodando na Bahia”, disse

atualizado

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Eduardo Paes chega ao BRT com a nova interventora Claudia Antunes Secin
1 de 1 Eduardo Paes chega ao BRT com a nova interventora Claudia Antunes Secin - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – A intervenção da Prefeitura do Rio no sistema BRT já deu à equipe que comanda a operação dos corredores expressos dados sobre o funcionamento do serviço que indicam as melhorias que precisam ser implementadas. O objetivo da intervenção é transformar o sistema e reverter a imagem dos corredores, que, segundo o prefeito Eduardo Paes (DEM), trata a população como gado.

Entre as informações do raio-x está a condição da frota de articulados: apenas 120 ônibus estão em operação no sistema BRT. No fim de 2016, segundo a prefeitura, eram 375.

A interventora do BRT, Cláudia Sessim, explica que um dos graves problemas encontrados no sistema é a degradação da frota, que fica estacionada em três garagens: uma em Cosmos e outra em Curicica, na zona oeste, e uma em Ramos, na zona norte.

“Nas três garagens, encontramos 297 articulados. Desses, 56 estão inoperantes, ou seja, em estado de degradação tal, que requerem um investimento de R$ 300 mil para voltarem a operar. Muitos desses articulados foram canibalizados, ou seja, suas peças foram retiradas para serem utilizadas em outros veículos. Além disso o prazo de recuperação é longo — cerca de seis meses. Por isso, nesse primeiro momento não vamos tratar desses BRTs”, explica.

Atualmente, há 120 veículos em operação no sistema BRT, quantidade insuficiente para atender os usuários. Com a intervenção, a meta é que 150 ônibus estejam em operação até o próximo sábado (10/4). Segundo ela, outros 94 articulados estão tecnicamente retidos — apresentam problemas de manutenção. São veículos que pedem investimento médio e até três meses para que voltem a operar. Outros 27 veículos estão tecnicamente retidos, mas necessitam de um nível baixo de investimento para voltarem ao funcionamento.

“Em 2016, no fim do meu governo, tínhamos 375 ônibus em operação. Agora, há 120. Diante disso, é fácil entender essas cenas dantescas que vemos diariamente das pessoas que precisam usar o serviço. Houve uma redução a um terço da frota que operava em 2016”, avaliou Paes, completando que alguns ônibus que deveriam ser utilizados no BRT do Rio estavam bem longe do território carioca. “Encontramos alguns que estavam perdidos por aí. Pelo GPS, vimos que um deles estava rodando na Bahia”.

O estudo sobre os transportes rodoviários da cidade do Rio foi ampliado e não ficará restrito ao BRT. A secretária municipal de Transporte, Maína Celidônio, informou que 254 linhas de ônibus são objeto de estudos. O objetivo é fazer alterações em todas as linhas que foram extintas ou racionalizadas de forma equivocada (tiveram o trajeto diminuído) até 30 de junho. Paes assumiu a culpa pelos erros nas alterações das linhas.

“Várias dessas racionalizações foram feitas durante o meu governo, um equívoco que assumi durante o processo eleitoral. Estamos revendo no detalhe. Esperamos que, até o fim de junho, essas linhas estejam operando dentro daquilo que é adequado para a população”, disse o prefeito Eduardo Paes.

Na manhã desta quarta-feira (7/4), durante entrevista coletiva que reuniu o prefeito Eduardo Paes, a secretária Maína Celidônio e a interventora do BRT, Cláudia Sessim, a Prefeitura do Rio anunciou, além das necessidades do BRT, que vai construir um terminal do VLT no terreno do Gasômetro, no Centro. O objetivo é fazer a integração com o corredor TransBrasil, obra ainda em andamento, próximo à Rodoviária Novo Rio.

“No que se refere à TransBrasil, não temos problemas de recursos. Diante de mudanças absurdas que foram feitas nos últimos tempos, como eliminação de estações, vamos levar um pouco mais de tempo para fazer as alterações necessárias à obra, mas permanece meu compromisso de terminar essa obra até 2022”, disse o prefeito.

A cinco linhas com maior número de reclamações pelo 1746 são as seguintes:

Linha 157 – Central Gávea;
Linha 387 – Carioca/Restinga;-
Linha SV 819 – Jardim Bangu/Bangu;
Linha 434 – Grajaú-Leblon;
Linha 636 – Gardênia Azul / Saenz Peña.

Principais modificações anunciadas no Corredor TransBrasil:

Revisão da Plataforma do Terminal Deodoro;
Revisão do Terminal Margaridas e Missões;
Implantação de quatro estações entre Deodoro e Margaridas que foram retiradas do escopo da obra;
Calha de pavimento de concreto entre Deodoro e Margaridas;
Segregação da via BRT na Avenida Brasil;
Ajuste da igrejinha para evitar travessia em nível;
Urbanização da pista lateral da Avenida Brasil;
Revisão de integração com a rodoviária – a Prefeitura do Rio pretende fazer uma pequena extensão do VLT até a altura do gasômetro para integrar com o corredor Transbrasil. Um terminal do VLT será construído no terreno do gasômetro.

Metas para frota em circulação do BRT por mês:

Início de maio – 173 veículos;
Início de junho: 199 veículos;
Início de julho – 223 veículos;
Início de agosto – 223 veículos;
Início de setembro – 241 veículos.

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