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Manifestantes contra lockdown tentam bloquear BR em Goiânia de novo

Manifestantes já haviam interrompido o trânsito na BR-153 nesta segunda (15) e, hoje, foram impedidos pela Polícia Rodoviária Federal

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goias manifestação pela flexibilização das restrições no comercio
1 de 1 goias manifestação pela flexibilização das restrições no comercio - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – Manifestantes contra as medidas restritivas impostas pela Prefeitura de Goiânia e Governo de Goiás para tentar conter o avanço da pandemia tentaram mais uma vez bloquear a rodovia BR-153 na capital goiana nesta terça-feira (16/3). Só que, desta vez, foram contidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Na segunda, eles obtiveram êxito. A pauta é basicamente a mesma. Comerciantes, trabalhadores e simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) querem a flexibilização das restrições ao comércio. Também pedem questões alternativas, como a adoção de tratamento precoce sem comprovação científica contra a Covid-19.

Os manifestantes têm insistido em ir às ruas mesmo no pior momento da pandemia. Os especialistas alertam que a circulação e aglomeração de pessoas contribuem para a disseminação do vírus. Em Goiás, os hospitais das redes pública e privada estão sobrecarregados.

De acordo com a PRF, o grupo estava sendo monitorado desde o início da manhã desta terça. Na primeira tentativa de interdição, policiais conversaram com os manifestantes e expuseram os risco e transtornos gerados pelo bloqueio da via.

Ainda de acordo com a corporação, o local onde as pessoas tentaram realizar a movimentação, em cima do viaduto, é de tráfego intenso, em alta velocidade e concentração de veículos de grande porte, com risco para a vida dos próprios manifestantes. “Alguns participantes se exaltaram, não entraram em acordo e precisaram ser contidos e dispersos”, disse a PRF, em nota.

Após a ação da PRF, no fim da tarde desta terça, o tráfego flui normal na BR-153, sem interdições.

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Alguns manifestantes tiveram que ser contidos pela PRF
Segundo a PRF, manifestantes estavam em ponto perigoso da rodovia
Pelo segundo dia consecutivo, manifestantes pede flexibilização das restrições em Goiânia
Manifestantes tentam bloquear BR-153, em Goiânia, e são impedidos pela PRF
Manifestantes se colocam contra o lockdown
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Contrário às medidas restritivas no combates à Covid-19, manifestantes pedem 'tratamento precoce'

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Alguns manifestantes tiveram que ser contidos pela PRF

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Segundo a PRF, manifestantes estavam em ponto perigoso da rodovia

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Pelo segundo dia consecutivo, manifestantes pede flexibilização das restrições em Goiânia

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Manifestantes tentam bloquear BR-153, em Goiânia, e são impedidos pela PRF

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Manifestantes se colocam contra o lockdown

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Vida x votos

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), se manifestou contra os protestos. Segundo ele, “essa pandemia veio para nos transformar, fazendo com que o sentimento de solidariedade, amor ao próximo e humanidade seja aflorado, mas infelizmente temos assistido alguns grupos animalizando os processos, tentando tirar benefícios políticos, agindo contra as normas da ciência”, declarou.

Também nesta terça (16/3), Caiado publicou um novo decreto em que chamou para si a responsabilidade pelo fechamento das atividades econômicas no estado. O documento determina o revezamento de 14 dias de fechamento e 14 dias de reabertura, para os setores considerados não essenciais. Além disso, fica proibido que cidades em situação de calamidade, estado decretado quando chega-se a níveis críticos, flexibilizem as medidas.

Protesto

Nesta segunda-feira (15/3), vários manifestantes bloquearam completamente a passagem de veículos na BR-153. O grupo se reuniu na altura do Paço Municipal e depois se deslocou para a rodovia. A via ficou interditada por seis horas, o que causou um congestionamento de aproximadamente 16 km.

Veja o vídeo:

Conforme a PRF, os policiais negociaram com os manifestantes, que se apresentaram como comerciantes e trabalhadores do comércio e queriam uma reunião com o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos).

A prefeitura recebeu dois manifestantes após eles concordarem em liberar da rodovia, por volta das 16h. Segundo a administração da capital, sugestões sobre o funcionamento do comércio serão avaliadas junto aos dados que são usados para definir medidas de combate à pandemia.

Medidas restritivas

A Prefeitura de Goiânia publicou no último sábado (13/3) o Decreto nº 1.897, que adota o isolamento intermitente como medida obrigatória para o enfrentamento emergencial da Covid-19. Dessa forma, o comércio ficará fechado por mais 14 dias, para depois funcionar por 14 dias.

De acordo com o novo decreto, as atividades não essenciais terão funcionamento suspenso a partir de segunda (15/3), seguidos por 14 dias de funcionamento, sucessivamente. O documento afirma que a medida é obrigatória em todo o município de Goiânia.

Aos supermercados e congêneres, fica restrita a venda de alimentos, bebidas, produtos de higiene, saúde e limpeza.

Nesses locais, será permitida a entrada de apenas uma pessoa por família; exceto em casos que é necessário acompanhamento especial. Lojas de conveniências devem permanecer fechadas.

Aulas

Para hotéis, pousadas e correlatos, o limite máximo de acomodação é de 65%. Nos estabelecimentos privados de ensino regular nas etapas infantil, fundamental e médio, as aulas foram novamente suspensas, ficando restritas à modalidade remota.

Conforme o decreto, foi permitida a volta do atendimento em sistema drive-thru e pegue e leve em bares e restaurantes. A questão foi motivo de protesto pelos donos dos estabelecimentos na última quarta-feira (10/3) na capital.

O funcionamento de igrejas e templos religiosos também está suspenso, sem a realização de missas ou cultos, apenas os atendimentos individuais estão permitidos. Na sexta-feira (12/3), uma liminar já havia suspendido as atividades religiosas coletivas no município.

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