Manifestantes brigam na porta da PF, onde Daniel Silveira está preso
Deputado federal foi preso nessa terça-feira (16/2) após publicar vídeo com ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
atualizado
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Rio de Janeiro – A Polícia Militar do Rio de Janeiro reforça a segurança nas entradas da Superintendência da Polícia Federal do Rio, no centro da cidade, na tarde desta quarta-feira (17/2), para conter manifestantes que pedem a libertação do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ).
Os apoiadores do parlamentar atacaram um homem que levantou uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco, semelhante à que foi quebrada pelo político, ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), em 2018.
Os manifestantes, a grande maioria sem máscara, também atacaram equipes de imprensa. Jornalistas e cinegrafistas da TV Globo precisaram se abrigar dentro da sede da PF. Em seguida, a equipe da emissora foi escoltada para deixar o local.
Uma das manifestantes gritou palavras de ordem como “Marielle Franco levou pouco tiro”, “já foi tarde pro inferno” e “quem manda no país é o Jair”. Bolsonaristas pedem, ainda, a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Entenda o caso
No fim da noite de terça-feira, a Polícia Federal (PF) foi até a casa de Daniel Silveira, no Rio de Janeiro, com ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes. A medida foi solicitada após o deputado publicar, nas redes sociais, um vídeo em que ataca os membros do Supremo, especialmente o ministro Edson Fachin.
No vídeo, Silveira ainda enaltece o Ato Institucional nº 5, o AI-5, e diz: “Vocês deveriam ter sido destituídos do posto de vocês e uma nova nomeação, convocada e feita, de 11 novos ministros. Vocês nunca mereceram estar aí e vários também que já passaram não mereciam. Vocês são intragáveis, inaceitáveis, intolerável Fachin”, disse o deputado.