Manifestações obstruem rodovias do RJ. Trens, ônibus e metrô funcionam
A greve convocada pelas centrais sindicais não tem apoio de várias categorias no estado. Entre elas, os rodoviários e metroviários
atualizado
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Manifestantes fazem nesta sexta-feira (28/4) bloqueios em vários pontos de rodovias no Rio de Janeiro. Eles participam da mobilização nacional contra as reformas trabalhista e Previdenciária propostas pelo governo federal. A pista sentido da capital da Ponte Rio-Niterói foi liberada depois de ficar bloqueada das 6h20 às 8h. O tempo de travessia da ponte agora é de 33 minutos — 20 a mais que o habitual
A greve convocada pelas centrais sindicais não tem o apoio de várias categorias no Rio. Os ônibus urbanos que trafegam no estado funcionam com a frota reduzida, mas atende à população. Em nota, a Rio Ônibus, empresa que administra esse transporte, informa que todas as empresas que integram os consórcios Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz operam nesta manhã. Apesar do registro de casos pontuais de vandalismo, a maioria das empresas já está com a sua frota habitual nas ruas.
Já as concessionárias do metrô e trens da SuperVia operam sem problemas. Os trens saem e chegam ao terminal Central do Brasil procedentes dos subúrbios e da Baixada Fluminense dentro dos horários.Depredação
O Consórcio BRT, que administra os corredores exclusivos de ônibus no Rio de Janeiro, informou que desde esta madrugada foram depredados 13 coletivos articulados. E acrescenta: como esse tipo de vandalismo é frequente, janelas e portas são estocadas, preventivamente. Então, os veículos já foram reparados e se encontram em operação.
O BRT informou ainda que, apesar da greve geral, convocada para hoje, para protestar contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo federal, o serviço está funcionando. O Centro de Operações Rio está em estágio de atenção desde às 6h50 de hoje devido a bloqueios no tráfego e impactos no sistema de transporte público da cidade do Rio.
Ponte Rio-Niterói
No sentido contrário, a ponte está liberada nos 13 kms de extensão. Outro ponto bloqueado é a Avenida Rodrigues Alves, na zona portuária do Rio, onde um pequeno grupo de manifestantes fecha a pista em direção à ponte Rio-Niterói.
A Avenida Radial Oeste está com uma faixa de trânsito bloqueada por manifestantes, na altura da Universidade do Rio de Janeiro (Uerj), mas não chega a interromper o tráfego de veículos. Os manifestantes são observados de perto por uma equipe da Polícia Militar.
A Linha Vermelha, via expressa que vem da Baixada Fluminense e se liga à Linha Amarela, esteve fechada por manifestantes durante cerca de 30 minutos, mas no momento já está totalmente liberada ao tráfego.
As estações das barcas na Praça XV, Cocotá, na Ilha do Governador e Charitas, em Niterói, e o serviço de catamarãs estão funcionando. Já a Praça Araribóia, em Niterói, está com acesso à estação bloqueada por manifestantes, com um cordão de isolamento na entrada a estação, impedindo o acesso de passageiros. Desta forma, está suspenso o serviço da travessia de barcas entre Niterói e a Praça XV, no Rio de Janeiro.
Os motoristas que vão da zona sul em direção ao centro do Rio pelo Aterro do Flamengo encontram retenção na chegada ao Aeroporto Santos Dumont, que está com o acesso interditado por um caminhão de uma central sindical e por cerca de 50 manifestantes que ocupam o acesso ao aeroporto.
A situação é agravada por outra manifestação na via expressa em frente à Rodoviária Novo Rio, que provocou a interdição do túnel Marcelo Alencar. Quem vai pegar a ponte aérea é obrigado a descer dos veículos e seguir a pé para o terminal aeroportuário.