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Manifestações dos estudantes são pela Educação, afirmam entidades

UNE e Ubes dizem que os protestos marcados para esta quinta-feira não são contra ou a favor do governo Bolsonaro

atualizado

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Andre Borges/Especial para o Metrópoles
Manifestações educação
1 de 1 Manifestações educação - Foto: Andre Borges/Especial para o Metrópoles

Após os atos desse domingo (26/05/2019) em apoio à gestão Jair Bolsonaro (PSL), as entidades estudantis afirmaram que os protestos convocados para esta quarta-feira (30/05/2019), em 150 municípios de 20 Estados, não são contrários ou favoráveis ao governo federal, mas em defesa da Educação. A União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Secundaristas (Ubes), as duas maiores organizações representantes de alunos do país, defendem que não se crie oposição direta entre as manifestações.

As entidades destacam que protestos são uma resposta à decisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que reduziu o orçamento das universidades federais, bloqueou recursos para ações e programas da área e cortou bolsas de pesquisa. “São atos com caráter diferente. Quem foi às ruas no domingo defendia um governo e suas propostas. Nós estamos defendendo a educação, as universidades, os programas para o ensino básico”, disse Marianna Dias, presidente da UNE.

Ela reconhece, no entanto, que há pontos de evidente discordância entre os atos do último domingo e o de amanhã, e citou o episódio em que manifestantes pró-Bolsonaro retiraram, sob aplausos, uma faixa na Universidade Federal do Paraná (UFPR) com os dizeres “em defesa da educação”. “Independentemente de posicionamento político é inaceitável que alguém não defenda a educação. Uma situação como essa faz com que tenhamos ainda mais motivos para defender o ensino”, afirmou Marianna.

Pedro Gorki, presidente da Ubes, afirmou que a entidade pediu para que todas as escolas, institutos e universidades, coloquem uma faixa, como a que foi retirada pelos manifestantes, na porta de suas unidades. “Ações como essas só mostram a necessidade de nos fortalecermos ainda mais”, disse.

O ato desta quinta foi convocado pelas próprias entidades estudantis, ao contrário do primeiro protesto, que havia sido chamado inicialmente pelas centrais sindicais contra a reforma da Previdência e outras pautas ligadas aos servidores. “O ato tinha sido convocado antes dos cortes, por isso, nos somamos a eles porque estudantes e educadores se viram diante do mesmo objetivo: a revogação do contingenciamento orçamentário”, afirmou. No entanto, eles defendem que não há oposição entre entidades estudantis e sindicais.

Em São Paulo, o ato de amanhã terá um formato diferente do primeiro. Desta vez, a concentração será de apenas uma hora no Largo da Batata, em Pinheiros, e depois os manifestantes seguem para o Masp, na avenida Paulista — onde ocorreu o último protesto, mas com concentração de quase quatro horas.

“Os atos de estudante têm essa característica, de muita movimentação. Essa é a nossa forma de luta, queremos caminhar pela cidade, chamar atenção do maior número de pessoas”, disse Marianna.

Os principais sindicatos de educadores paulistas convocaram os servidores para paralisarem as atividades.

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