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Mangueira é campeã do Carnaval 2019 do Rio de Janeiro

Escola levou para a Marquês de Sapucaí o enredo “História pra ninar gente grande”, fez críticas e homenagens

atualizado

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DIEGO MARANHÃO/AM PRESS & IMAGES/ESTADÃO CONTEÚDO
2º DIA DE DESFILE DAS ESCOLAS DE SAMBA DO GRUPO ESPECIAL DO RIO DE JANEIRO 2019
1 de 1 2º DIA DE DESFILE DAS ESCOLAS DE SAMBA DO GRUPO ESPECIAL DO RIO DE JANEIRO 2019 - Foto: DIEGO MARANHÃO/AM PRESS & IMAGES/ESTADÃO CONTEÚDO

A Estação Primeira de Mangueira é a campeã do Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Com o enredo “História pra ninar gente grande”, a agremiação contou a trajetória de heróis esquecidos e anônimos, especialmente índios e negros. Entre os homenageados, a vereadora Marielle Franco (PSol), executada a tiros em 2018.

O título da verde e rosa foi garantido antes da revelação da última nota, do quesito fantasia. Com a vitória, a agremiação conquistou o seu 20º troféu de grande campeã do Carnaval carioca.

A Mangueira liderou a disputa em todos os quesitos. Mas o campeonato foi concorrido: a escola superou a segunda colocada, Viradouro, por apenas três décimos. Confira:

1º: Mangueira – 270

2º: Viradouro – 269,7

3º: Vila Isabel – 269,4

4º: Portela – 269,3

5º Salgueiro – 269,3

6º: Mocidade – 269

7º: Unidos da Tijuca – 268,8

8º: Paraíso do Tuiuti – 268,5

9º: Grande Rio – 267,9

10º: União da Ilha – 267,7

11º: Beija-Flor – 267,6

12º: São Clemente – 267,4

13º: Imperatriz Leopoldinense – 266,6

14º: Império Serrano – 263,8

Veja fotos da comemoração e do desfile da Mangueira:

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Com troféu em mãos, os integrantes da Mangueira vibraram na quarta-feira (6/3)
Clima de comemoração quando a escola foi anunciada campeã, antes mesmo do anúncio da última nota, no quesito fantasia
Integrantes da escola de samba Estação Primeira de Mangueira reunidos na quadra da agremiação, na Zona Norte do Rio de Janeiro, acompanham a apuração das notas dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval
A Mangueira homenageou os heróis esquecidos na história brasileira
A escola denunciou o genocídio dos povos indígenas, a escravidão e o feminicídio
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A Mangueira conquistou sua 20ª vitória no Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro

FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Com troféu em mãos, os integrantes da Mangueira vibraram na quarta-feira (6/3)

FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Clima de comemoração quando a escola foi anunciada campeã, antes mesmo do anúncio da última nota, no quesito fantasia

WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
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Integrantes da escola de samba Estação Primeira de Mangueira reunidos na quadra da agremiação, na Zona Norte do Rio de Janeiro, acompanham a apuração das notas dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval

WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
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A Mangueira homenageou os heróis esquecidos na história brasileira

ELLAN LUSTOSA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
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A escola denunciou o genocídio dos povos indígenas, a escravidão e o feminicídio

CELSO PUPO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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A Mangueira foi a sexta agremiação a entrar na avenida

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Durante o desfile, a verde e rosa emocionou os foliões na Marquês de Sapucaí e arrancou gritos de “é campeã”

Wilton Junior/Estadão Conteúdo
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Eduardo Paes cancelou a festa

DIEGO MARANHÃO/AM PRESS & IMAGES/ESTADÃO CONTEÚDO

Assista ao desfile completo da Mangueira:

 

Durante o desfile, a verde e rosa emocionou os foliões na Marquês de Sapucaí e arrancou gritos de “é campeã”. Um dos pontos altos foi a aparição da imagem de Marielle em uma bandeira. À frente da ala estava a viúva da vereadora, Monica Benicio. A apresentação primorosa já havia rendido à escola o Estandarte de Ouro, do jornal O Globo.

Tanto a Mangueira quanto a Viradouro voltam à avenida neste sábado (9/3) para o desfile das campeãs. As escolas nas duas últimas colocações foram rebaixadas e desfilarão pela Série A em 2020. São elas: Império Serrano e Imperatriz Leopoldinense.

Veja a letra do samba-enredo da Mangueira:

Brasil, meu nego, deixa eu te contar
A história que a história não conta
O avesso do mesmo lugar
Na luta é que a gente se encontra
Brasil, meu dengo, a Mangueira chegou
Com versos que o livrou apagou
Desde 1500
Tem mais invasão
Do que descobrimento
Tem sangue retinto pisado
Atrás do herói emoldurado
Mulheres, Tamoios, Mulatos
Eu quero um país que não tá no retrato
Brasil, o teu nome é Dandara
A tua cara é de Cariri
Não veio do céu
Nem das mãos de Isabel
A liberdade
É um dragão no mar de Aracati
Salve os caboclos de julho
Quem foi de aço nos anos de chumbo
Brasil, chegou a vez
De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, Malês
Mangueira, tira a poeira dos porões
Ô, abre alas
Pros seus heróis de barracões
Dos brasis que se faz um país de Lecis, Jamelões
(São verde e rosa as multidões)

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