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Mandetta: Bolsonaro disse que “vai morrer quem tem que morrer” de Covid

Relato foi feito pelo ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, durante protesto contra o presidente da República neste domingo (12/9)

atualizado

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1 de 1 sp manifestacao mbl - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Em protesto na tarde deste domingo (12/9), contra o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), na Avenida Paulista, em São Paulo, o ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, relatou que o chefe de governo teria zombado da gravidade da Covid-19, ao saber da chegada da doença.

A manifestação contra Bolsonaro foi convocado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e Movimento Vem Pra Rua. As pessoas e políticos que participaram do protesto pediram o impeachment do presidente.

Veja o vídeo:

“Eu falei essa doença contagiosa, ele [Jair Bolsonaro] olha e diz: essa doença só vai morrer, quem tem que morrer. Ele [Jair Bolsonaro] olha e diz: essa doença não pode parar a economia. Naquele momento, as pessoas iam ser atendidas, no início, mas somente no [hospital] Sírio libanês e no Einstein. Eu disse: e quando chegar no povão, no mais pobre, na Brasilândia, em Paraisópolis, quem é que vai lá?”, disse Mandetta, durante o discurso.

Com nova alta na média de mortes por Covid-19, o Brasil acumula mais de 587 mil mortes em decorrência da doença.

Ex-ministro

Mandetta foi demitido do Ministério da Saúde em abril de 2020, cargo que assumiu em janeiro de 2019. Por meio das redes sociais ele informou a saída do cargo, após um mês de conflitos com Bolsonaro, em razão dos caminhos para o combate à pandemia do coronavírus.

“Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar”, disse ele na rede social.

Manifestação

O ato na tarde deste domingo (12/9) foi chamado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e Movimento Vem Pra Rua e, além de Henrique Mandetta, teve participação de Ciro Gomes (PDT), o governador de São Paulo João Doria (PSDB), a senadora Simone Tebet (MDB-MS), entre outros políticos e personalidades.

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