Malabarista viu cadela ser morta por policial: “Atirou por maldade”
Artista circense afirmou que policial atirou em sua cadela e deu uma coronhada em outro animal na Praça da Bandeira, na zona norte do RJ
atualizado
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A malabarista Mayumi Boletlho Bataches Rodriguez, 21 anos, dona de uma cachorra morta a tiros pelo policial civil Ney Côrtes da Silva na segunda-feira (19/7) na Praça da Bandeira, zona norte do Rio de Janeiro, afirmou que o agente disparou contra o animal por “maldade”.
Ao jornal O Globo, ela contou que não houve razão para o policial atirar em uma cadela e dar uma coronhada em outra.
“Ele disse que estava com medo de a cachorra morder, mas ele se aproximou dela em um nível que quem tem medo não se aproximaria. Era para fazer maldade mesmo. E a gente quer Justiça, vamos até o final”, disse Mayumi.
O artista circense Fabian Sanchez, 22 anos, disse que o policial xingou o grupo enquanto eles passeavam com os animais.
“Estávamos procurando um lugar tranquilo, com sombra, para passear com nossas cachorras. Nisso, ele começou a falar ‘besteiras’ e ‘preconceitos’, sacou uma arma de trás das costas e ameaçou atirar nas cachorras. Depois que atirou, ele fugiu, porque viu que tinha feito coisa errada”, afirmou.
“Ele [o policial] chegou para a gente com muita ameaça, então elas latiram para ele, mas não morderiam. Tanto que, quando a gente chamou, elas vieram de imediato, mas por conta da grade, elas voltaram em direção a ele para poderem voltar por trás. Foi quando ele deu uma coronhada em uma e atirou na outra”, completou Mayumi.
Instrutor de tiros da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), o policial Ney Côrtes da Silva foi afastado pela Corregedoria da Polícia Civil e é alvo de um procedimento administrativo disciplinar.
O caso é investigado pela 18ª DP (Praça da Bandeira).