Major condenado por morte de Amarildo ganha liberdade condicional
Decisão da Justiça afirma que o PM, que cumpria pena em casa com tornozeleira eletrônica, preenche os requisitos para a progressão de pena
atualizado
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A Justiça do Rio de Janeiro concedeu liberdade condicional ao major Edson dos Santos, condenado a 13 anos de prisão pela tortura e morte do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, na Rocinha, em 2013. Ele cumpria a pena em prisão domiciliar.
No dia 14 de julho de 2013, Amarildo foi levado por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha e nunca mais voltou para casa. O major Edson – que ainda está nos quadros da corporação e recebe salário – era o comandante da unidade na época.
A decisão que beneficiou o oficial é da juíza Larissa Duarte, da Vara de Execuções Penais. O corpo do pedreiro nunca foi encontrado.
Em 2016, o major e outros 12 PMs da UPP Rocinha foram condenados pelos crimes. A Justiça concluiu que Amarildo foi torturado até a morte dentro da sede da UPP. Edson dos Santos recebeu a maior pena: 13 anos e 7 meses de prisão.
Em agosto deste ano, o major conseguiu progredir para o regime aberto. No entanto, por falta de vagas, foi direto para a prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.