Mais pacientes de Manaus são levados a outros estados por falta de oxigênio
Pelo menos 10 ambulâncias saíram dos hospitais 28 de Agosto e Fcecon nesta manhã, em direção a base aérea
atualizado
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Enviado especial a Manaus – Mais pacientes diagnosticados com Covid-19 foram transferidos, no fim da manhã deste sábado (16/1), de hospitais de Manaus à base área Ponta Pelada, de onde serão transportados a outros estados.
Pelo menos cinco ambulâncias saíram do pronto-socorro 28 de Agosto em direção ao aeroporto. Os carros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acompanhados por viaturas da Polícia Militar.
Ao Metrópoles, uma médica informou que outros cinco pacientes saíram da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (Fcecon) também nesta manhã. Eles deverão ser transportados a São Luís (MA).
Neste momento, duas aeronaves da Força Área Brasileira (FAB) estão estacionadas na base aérea a espera de pacientes de outras unidades hospitalares.
Segundo apurado pelo Metrópoles com profissionais de saúde do Serviço Social, apenas uma aeronave, contudo, decolará nesta manhã. Dois pacientes teriam apresentado instabilidade e os médicos optaram por não os transportarem.
Procuradas, a Secretaria de Saúde do Amazonas (SSPAM) e a Força Aérea Brasileira (FAB) ainda não informaram quantos pacientes serão transferidos ao longo deste sábado a outros estados.
Durante essa sexta-feira (16/1), pelo menos 21 pacientes foram levados da rede estadual de saúde a São Luís e Teresina (PI). No total, a FAB planeja voar com 235 pacientes. Há voos programados, também, a Brasília (DF), Goiânia (GO), João Pessoa (PB) e Natal (RN).
A operação é uma das estratégias para melhorar o atendimento nas unidades de saúde da capital.
Hospitais da capital estão sobrecarregados e enfrentam a escassez de oxigênio devido ao aumento da demanda nos últimos dias, o que elevou a taxa de hospitalização.
O governo do Amazonas informou ter decidido pela remoção de pacientes com perfil moderado da doença.
“Os pacientes transferidos são selecionados atendendo a classificação de risco do protocolo de Manchester, que estabelece as prioridades de atendimento de acordo com o quadro clínico de cada caso”, explicou.
Dessa forma, o paciente que for transferido é avaliado antes de sair da unidade e reavaliado antes de embarcar na aeronave, devendo apresentar os sinais vitais (frequência cardíaca, respiratória e pressão arterial) em estabilidade.
Os pacientes também assinam um termo de consentimento para a transferência.