Mais Médicos: Saúde envia 117 profissionais a distritos indígenas
A meta da pasta é aumentar em 51,5% o número de médicos nos Distritos Sanitários Especiais de Saúde Indígena
atualizado
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O Ministério da Saúde, via Programa Mais Médicos, anunciou que enviará 117 profissionais brasileiros formados no exterior para os Distritos Sanitários Especiais de Saúde Indígena (Dsei).
Os profissionais aturarão em 29 Dseis, incluindo o território Yanomami. A meta da pasta é aumentar em 51,5% o número de médicos nos Distritos Sanitários Especiais de Saúde Indígena.
Nesta segunda-feira (13/3), o Ministério da Saúde realizou um evento de recepção aos médicos escolhidos via edital para brasileiros e estrangeiros com diploma no exterior. Atualmente, os 34 Dseis do país contam com 227 profissionais em atuação.
Emergência de saúde
Em janeiro de 2023, diante da situação de desnutrição e disseminação de casos de malária encontrados na Terra Indígena Yanomami, o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública. A atual gestão acusa o governo de Bolsonaro de negar socorro à população indígena da região.
Para o Ministério Público Federal (MPF), a situação da população Yanomami é resultado da omissão do Estado brasileiro em assegurar a proteção de suas terras. A situação instalada no território decorre do crescimento alarmante do número de garimpeiros.
Equipes médicas e de atenção humanitária estão na região para tratar de doenças e da subnutrição de crianças e idosos. Órgãos federais como Ibama, Força Nacional e Polícia Federal têm atuado para conter o avanço do garimpo sobre a região.
Nos últimos quatro anos, 570 crianças indígenas Yanomami morreram por causa da desnutrição e outras causas evitáveis. Só em 2022, foram registrados 11.530 casos de malária.