Mais delivery e mais motoboys nas ruas: saiba quais riscos evitar
O aumento dos serviços de entrega, motivado pelo isolamento social imposto pela Covid-19, exige deles mais zelo com a segurança no trânsito
atualizado
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Desde o início das medidas de isolamento social, necessárias para a contenção da propagação da Covid-19, a demanda por serviços de delivery tem crescido por todo Brasil. São entregues refeições, compras de supermercado, remédios, bebidas, roupas deixadas em lavanderias etc.
E os motoboys, por isso, têm sido a salvação para manter o funcionamento de muitas empresas – e para o dia a dia de pessoas que estão passando por quarentenas obrigatórias ou voluntárias.
Por isso, já está aceso desde o começo da pandemia um alerta para os cuidados que os profissionais devem tomar: em certos aplicativos, e por determinação de lojas e condomínios, eles nem tocam em portarias, balcões, e ainda acompanham a higienização da embalagem.
Mas há outra iniciativa a ser tomada: aumentar a atenção com os itens de segurança da motocicleta. Dados do DPVAT, seguro que protege motoristas, passageiros e pedestres em todo o Brasil, ao longo dos últimos 10 anos mostram que ao menos 2,5 milhões de brasileiros se tornaram permanentemente inválidos para o trabalho e outros 200 mil morreram em consequência de acidentes de motocicleta.
“No trânsito, o motociclista se encontra em uma posição mais vulnerável. Por isso, os chamados EPIs, equipamentos de proteção individual, são de primordial importância para o dia a dia de um motoboy”, diz Fabio de Andrade, analista de produto da Laquila, empresa do mercado de motopeças na América Latina.
Fábio sugere que o profissional preze pelo uso de EPIs de qualidade. Afinal, lembra ele, muitas pessoas perderam o emprego nas últimas semanas e encontraram nas ferramentas de entrega uma forma de ganhar dinheiro. “Por isso, é cada vez mais importante reforçarmos a utilização dos equipamentos de proteção”, complementa.
Principais itens de segurança para motoboys
Capacete – item obrigatório de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o capacete é fundamental para qualquer motociclista, tendo como principal função a proteção da cabeça contra impactos e lesões. “Todos os capacetes devem conter certificação do Inmetro e é importante ficar alerta para as características do equipamento e com a sua manutenção. Por exemplo, a troca da viseira deve ser efetuada sempre que constatados riscos em sua superfície, pois estes podem dificultar a visão do condutor e causar acidentes”, explica Fábio.
Luvas – capazes de proteger as mãos de esfoliações e cortes em caso de quedas, as luvas também são eficientes para aquecer o corpo durante épocas de baixas temperaturas. “As luvas devem sempre estar ajustadas perfeitamente nas mãos do motociclista, para não prejudicar na condução da moto”, detalha o especialista.
Jaqueta e calça – marca registrada de motociclistas de todo mundo, as jaquetas são essenciais para a proteção dos motoboys. Em caso de queda, as áreas mais propensas a ferimentos são costas, ombros, cotovelos e joelhos. Portanto, a utilização de jaquetas e calças apropriadas são fundamentais para garantir a proteção dos motociclistas. “Atualmente, contamos com itens de vestuário com certificação de qualidade internacional, que, além de garantir proteção, promovem maior conforto, pois são impermeáveis e contam com sistema de respiração. Existem calças com estética similar ao jeans, mas que são produzidas com o kevlar, material ultrarresistente, que em determinadas situações pode ser mais forte que o aço”, destaca Andrade.
Sapato apropriado – capazes de proteger os motociclistas em diversas situações, como quedas que podem causar cortes, escoriações ou esmagamento, queimaduras, perfurações e até descargas elétricas, o uso de sapatos apropriados para condução garante maior conforto e segurança aos motoboys. “Indicamos sempre a utilização de botas pelos motociclistas, pois durante a condução, ao levar o pé ao chão, o calçado ajuda a evitar torções. Além disso, esse tipo de utensílio garante a impermeabilidade dos pés e oferece maior proteção em casos de atropelamento”, completa o especialista.