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Mais de 80% dos municípios denunciam falta de remédios, diz pesquisa

Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) elencou medicamentos em falta como dipirona, prednisolona e amoxicilina

atualizado

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Novo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgado nesta sexta-feira (15/7), mostra que 80,4% dos municípios consultados têm sofrido com a falta de medicamentos no sistema público de saúde brasileiro.

A pesquisa foi feita com 2.469 prefeituras, entre os dias 25 de maio e 20 de junho. A amoxicilina lidera a lista, sendo citada por 68% dos respondentes. Já a dipirona, em segundo lugar, foi mencionada por 65,6%.

A dipirona injetável (50,6%) e a prednisolona (45,3%) também se encontram entre os mais mencionados. A ausência dos medicamentos já dura entre 30 e 90 dias em 44,7% dos casos. O problema se estende por mais de 90 dias em 19,7% das situações.

Não há previsão para que os estoques sejam normalizados em 59,2% dos casos. Em 12,6% o problema deve ser resolvido nos próximos 30 dias e 9,8%, em mais de um mês.

O levantamento também procurou saber se havia falta de insumos médicos de baixa complexidade, como seringas, gazes, agulhas ou ataduras. Em 66,7% dos municípios respondentes, não faltam os materiais citados. 28,5% registram escassez e 4,7% não responderam.

DPU cobra Ministério da Saúde

A Defensoria Pública da União (DPU) enviou ao Ministério da Saúde, nesta semana, documento com recomendações para que se adote medidas urgentes visando combater a crise de abastecimento de medicamentos que atinge boa parte do sistema de saúde brasileiro.

A DPU recomenda à pasta que consolide informações sobre os medicamentos em risco ou situação atual de desabastecimento em todas as regiões do território nacional, bem como liste os motivos que justifiquem o quadro.

Segundo levantamento da Confederação Nacional de Saúde (CNS), ao qual o Metrópoles teve acesso, a falta de diversos medicamentos e insumos atinge mais de 100 instituições de saúde em 13 estados e no Distrito Federal.

Em quase 90% dos locais pesquisados, faltava soro. A ausência de dipirona injetável, muito usada para combater dor e febre, foi constatada em pelo menos 63% das instituições pesquisadas.

A defensoria também solicita a realização de levantamento da capacidade produtiva farmoquímica, farmacêutica e biotecnológica nacional; além de indicação dos mecanismos a serem imediatamente adotados para o saneamento de cada caso.

Por fim, pede que sejam atendidas as orientações do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), enviadas em ofício junto à Frente Nacional de Prefeitos (FNP) cobrando ações efetivas. A situação já foi reiterada pelo Conasems em pelo menos quatro documentos enviados à pasta desde o mês de março.

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