Mais de 100 brasileiros saíram da Ucrânia, diz Itamaraty
Ao menos 95 brasileiros ainda estão em solo ucraniano, sendo 15 deles próximos à fronteira e na iminência de deixar o país ao longo do dia
atualizado
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O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou, nesta terça-feira (1°/3), que até o momento mais de 100 brasileiros saíram da Ucrânia e foram para países fronteiriços, sobretudo Polônia e Romênia. Segundo o Itamaraty, pelo menos outros 15 estão próximos à fronteira e devem sair do país ao longo do dia.
Ainda constam, segundo a pasta, cerca de 80 brasileiros, registrados na lista da embaixada brasileira em Kiev, que permanecem em solo ucraniano e têm interesse em sair do país.
A comunidade brasileira na Ucrânia, antes do conflito, era estimada em aproximadamente 500 pessoas.
O Itamaraty destaca que as embaixadas do Brasil em Bucareste, na Romênia, e em Varsóvia, na Polônia, prestam apoio em localidades próximas à divisa com a Ucrânia. O objetivo é auxiliar o deslocamento seguro de brasileiros até as capitais daqueles países.
“O apoio das embaixadas prevê a possibilidade de resgate quando as condições permitirem, privilegiando sempre implementar a evacuação segura e ordenada de nossos nacionais”, diz a nota.
Segundo a pasta, as duas aeronaves da Força Aérea Brasileira seguem de prontidão para auxiliar o resgate dos brasileiros, interessados na repatriação.
Guerra da Ucrânia
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.
Diante disso, tropas russas, orientadas pelo presidente Vladimir Putin, iniciaram, na última quinta-feira (24/2), uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia, sob a justificativa de ocupar regiões separatistas de Donbass, no leste ucraniano. Em pronunciamento, ele fez ameaças e disse que quem tentar interferir no conflito sofrerá consequências nunca vistas na história.
Hoje o conflito chega ao sexto dia. Russos sitiaram Kiev e tentam tomar o poder. Hospitais, orfanatos, prédios residenciais, além de escolas e creches, já foram alvos de bombardeios na Ucrânia. Diversos países europeus anunciaram o envio de ajuda estrutural de armas e dinheiro para a Ucrânia, que resiste.
A batalha chegou à cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao Tribunal Penal Internacional, em Haia. Belarus, uma das maiores aliadas da Rússia, entrou no foco da comunidade internacional. O país teria feito ataques à Ucrânia e cedido a fronteira para a invasão russa.