Mais de 100 brasileiros pediram para lutar na Ucrânia, diz embaixada
Diplomacia ucraniana dá informações, mas não auxilia na ida até a zona de guerra. Ter experiência militar e saber inglês são exigências
atualizado
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Atacada por forças armadas mais poderosas, as da Rússia, a Ucrânia está admitindo voluntários de outros países entre seus combatentes e já conta com uma legião estrangeira com ao menos 16 nacionalidades.
E há um número considerável de brasileiros querendo se juntar a essa legião segundo informações da Embaixada da Ucrânia no Brasil. A representação recebeu mais de 100 pedidos de informação de brasileiros sobre como proceder. A entidade, porém, informa que “não está fazendo alistamento para a Legião Estrangeira Ucraniana, e não está fazendo campanha para adesão a esta formação militar”.
Veja imagens da guerra na Ucrânia, que já dura oito dias:
A embaixada não é responsável por fazer o recrutamento de voluntários, mas está respondendo aos pedidos com informações. E não há nenhum tipo de ajuda para custear a viagem até as fronteiras ucranianas.
O que é explicado aos possíveis voluntários é que é necessário ser maior de idade, saber falar ao menos o inglês e ter alguma experiência militar para ser considerado para o recrutamento.
Nota oficial
Após a publicação desta reportagem, a Embaixada divulgou a seguinte nota:
Em conexão com o início da guerra da Federação Russa contra a Ucrânia, a Embaixada da Ucrânia no Brasil passou a receber um grande número de mensagens de cidadãos do Brasil e de outros países sobre a possibilidade de ingressar na Legião Estrangeira da Ucrânia.
Para evitar mal-entendidos, consideramos importante informar ao público brasileiro que a Embaixada da Ucrânia no Brasil não está fazendo alistamento para a Legião Estrangeira Ucraniana, e não está fazendo campanha para adesão a esta formação militar.
Mais de uma semana de guerra
A invasão militar russa à Ucrânia começou em 24 de fevereiro. Supostos documentos sigilosos do exército russo divulgados pelo governo ucraniano mostram que o plano orquestrado pelo presidente Vladimir Putin era de executar bombardeios por 15 dias consecutivos no território invadido.
O Ministério da Defesa Ucraniano afirma que o planejamento ordenava a invasão pelo Mar Negro. O carimbo da documentação é datado de 18 de janeiro, suposta data em que foi autorizada pela cúpula do governo russo.
Além disso, a agência de inteligência da Rússia, por intermédio do Serviço Federal de Segurança, teria elaborado planos para execuções públicas de militares ucranianos.