Mais 107,4 mil doses de vacina contra Covid-19 chegam a Goiás
A maior parte das doses será utilizada para aplicação de primeira dose e dar continuidade a imunização dos grupos prioritários
atualizado
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Goiânia – Goiás recebeu, nessa quinta-feira (22/04), uma nova remessa de vacinas contra a Covid-19 do Ministério da Saúde (MS). Ao todo, foram destinadas 107,4 mil doses para o Estado. Deste quantitativo, 21,4 mil são da Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan; e 86 mil do consórcio Oxford/AstraZeneca, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Após o desembarque, no Aeroporto Internacional Santa Genoveva, os imunobiológicos seguiram para a Central Estadual de Rede de Frio, no Jardim Santo Antônio, em Goiânia.
Do quantitativo de 107,4 mil vacinas recebidas, 86.055 serão para aplicação da primeira dose e o restante para reforço das pessoas já vacinadas.
O novo lote que chega ao Estado será utilizado para dar continuidade na imunização de pessoas da terceira idade, conforme a faixa etária de não vacinados de cada município.
Além de avançar na cobertura vacinal dos idosos, 5% destes imunizantes contemplarão as equipes das forças de segurança pública e salvamento e das forças armadas; e 30% serão destinados para trabalhadores da saúde.
Após conferência da quantidade enviada pelo MS, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SESGO) inicia nesta sexta-feira (23/04) a distribuição das vacinas para aplicação da primeira dose a todas as 18 Regionais de Saúde. Depois, os imunobiológicos serão repassados aos 246 municípios para que as prefeituras, via secretarias municipais de Saúde, continuem com a execução da campanha em seus territórios.
Retomada
Após problemas de logística e de falta de doses de vacina contra a Covid-19, vários municípios goianos, incluindo a capital Goiânia, suspenderam a vacinação de primeira dose em meados de abril. No entanto, a imunização foi retomada com a chegada de nova remessa na última sexta-feira (16/4).
Na última terça-feira (20/4), Caiado recebeu a segunda dose da vacina Coronavac, 28 dias após a primeira dose. Na ocasião, ele falou sobre a necessidade de se aumentar a produção de imunizantes contra a Covid-19.
“Não estou aqui defendendo quebra de patente, mas que possam replicar para aumentar a produção de vacinas”, afirmou o democrata, logo após receber a vacina fabricada pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.
Segundo Caiado, o país tem “uma condição ímpar”, já que pode contar com a produção científica de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, além do Instituto Butantan.
“Existe escassez de oferta [de vacina] no mundo, poucas empresas têm monopólio de produção”, disse o governador.
Ele também reagiu às críticas sobre o baixo porcentual de vacinação no estado. “Não estamos inertes, movimentações estão sendo feitas”, ressaltou.
Baixa cobertura vacinal
Levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SESGO) mostra que 779.634 pessoas receberam a primeira dose das vacinas contra a Covid-19 em todo o Estado. Equivale a pouco mais que 11% de toda a população goiana.
Já a segunda dose da vacina contra a Covid, segundo painel eletrônico da secretaria atualizado em tempo real, foi aplicada em apenas 278.997 pessoas, o que corresponde a 3,98% do total de habitantes do estado.
Desde o início da distribuição de vacinas contra a Covid-19 pelo PNI, Goiás já recebeu 1.665.280 milhões de doses, sendo 1.208.080 da CoronaVac e 457.200 da AstraZeneca. Segundo levantamento realizado pela SES-GO, 750.915 goianos receberam a primeira dose e 252.204 pessoas a segunda.
Expectativa
No final do mês de março, o governador Ronaldo Caiado afirmou que a expectativa era vacinar 100% dos idosos acima dos 60 anos, até o final de abril.
“Temos tudo para finalizar, até o final de abril, a vacinação de 100% das pessoas acima de 60 anos, em Goiás”, disse Caiado, também durante a chegada de um lote de imunizantes. “O lote que vamos receber do Ministério da Saúde pode chegar a 200 mil doses. É o maior quantitativo desde o início da campanha de imunização“, declarou ele à época.
Desde então, Caiado reforça a importância de, mesmo com o avanço da vacinação, manter os protocolos sanitários contra a doença. “Não quer dizer que fique 100% imune. É preciso manter os protocolos sanitários”, afirmou ele, informando que a primeira dose da vacina já pode iniciar a produção de células de defesa do organismo.