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Maior fornecedor da campanha de Chico Rodrigues recebeu R$ 231 mil de cota parlamentar

Os pagamentos são referentes, segundo consta em notas do Portal da Transparência, a “serviços de divulgação parlamentar”

atualizado

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Myke sena/Especial Metrópoles
Senador Chico Rodrigues durante conversa com jornalistas
1 de 1 Senador Chico Rodrigues durante conversa com jornalistas - Foto: Myke sena/Especial Metrópoles

O agora ex-vice-líder do governo Bolsonaro no Senado, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), gastou, na campanha de 2018, dos R$ 891.508,26 de recursos recebidos, R$ 845.119,85 para se eleger. Desse total, a maior parte (R$ 200 mil) foi paga à empresa L N M Petri, uma agência de Roraima com o nome fantasia de Saldo Positivo Comunicação e Marketing.

Comandada pelo único sócio, Luiz Nicolas Maciel Petri, esse mesmo empreendimento recebeu, das mãos do senador, desde que foi eleito, R$ 231.100,00 da cota parlamentar, também o maior valor desembolsado até então. Desse montante, 63,7% foram pagos no primeiro ano de mandato, e o restante, até setembro de 2020.

Os pagamentos são referentes, segundo consta em notas do Portal da Transparência, a “serviços de divulgação parlamentar em meios impressos, internet (redes sociais) e assessoria de imprensa em rádio e TV”. Os valores variam entre R$ 7 mil, R$ 9 mil, R$ 13 mil, R$ 14,5 mil e R$ 26,8 mil, a depender do mês.

Procurados pela reportagem, nem o empresário nem o senador atenderam as ligações.

Confusão em campanha

Luiz Nicolas Maciel Petri virou notícia durante a corrida eleitoral de 2018 ao ser xingado pelo candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, em Roraima. Petri trabalhava, na época, para campanhas do MDB e do DEM no estado e estava em meio aos jornalistas que entrevistaram Ciro durante um ato em Boa Vista, capital. “O senhor reafirma o que disse sobre brasileiros que fizeram aquela manifestação na fronteira, que chamou os brasileiros de canalhas, desumanos e grosseiros?”, perguntou Petri ao candidato.

Irritado, Ciro reagiu e empurrou Petri. “Vai para a casa de Romero Jucá, seu filho da puta. Pode tirar este daqui, este aqui é do Romero Jucá. Romero Jucá. Romero Jucá. Tira ele, tira ele, prende ele aí”, respondeu o então candidato.

Jucá é ex-senador, um dos políticos mais influentes do estado, ex-presidente do então PMDB. Hoje, é réu acusado de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.

Apesar de negar qualquer relação com Jucá, dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que a empresa de Petri – a mesma que trabalha para Chico Rodrigues – recebeu da regional do partido presidido por Jucá para fazer os programas de rádio e TV do MDB de Roraima. Na época, Jucá e Chico ainda eram aliados.

A assessoria do senador sustenta que a agência de Petri presta serviço ao mandato com a questão publicitária e que eles já trabalham juntos há muito tempo, mas optou por não comentar a questão dos valores.

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