Maia: Não posso opinar sobre candidatura de Joaquim Barbosa
O deputado também afirmou que seu partido não está reavaliando sua candidatura à Presidência da República
atualizado
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O presidenciável do DEM, Rodrigo Maia, evitou nesta quinta-feira (19/4) opinar sobre a possível candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, filiado ao PSB. Em evento na capital paulista, o presidente da Câmara dos Deputados disse apenas que Barbosa teve, em pesquisa de intenção de voto, desempenho semelhante ao do fim do ano passado e que não poderia falar sobre sua eventual entrada na corrida presidencial porque ainda não viu nenhuma entrevista do jurista sobre o tema.
“De fato, o Barbosa aparece nas pesquisas com a mesma intenção de voto de dezembro. Muitos tinham esperança que ele aparecesse com número melhores, mas a minha expectativa era essa que está colocada”, disse Maia, convidado a se apresentar no 19º Congresso Anual de Investidores do Santander. “Agora é esperar para ver quais são os próximos movimentos para eu poder ter uma opinião, porque de fato, como não ouvi nenhuma entrevista dele, não posso opinar sobre como é a candidatura dele.”
Maia não citou a qual pesquisa se referia. No entanto, Barbosa ficou com 10% das intenções de voto no último levantamento do Instituto Datafolha, divulgado no fim de semana, o dobro (5%) do que conseguiu na pesquisa anterior, de janeiro.Questionado sobre como fica a aproximação entre o seu partido e o PSB de Barbosa, especialmente depois da saída do ex-ministro Aldo Rebelo, que migrou para o Solidariedade, o deputado fluminense disse apenas que as duas legendas “certamente” terão candidato.
“Aldo foi para o Solidariedade. Temos uma boa relação, tentamos construir um ambiente de centro, onde posições divergentes possam pactuar uma agenda para o Brasil”, acrescentou. Rebelo também é pré-candidato. Segundo apurou o Broadcast Político, há um acordo para DEM e PSB estarem juntos nesta eleição.
Cenário aberto
Maia negou que seu partido esteja reavaliando sua candidatura à Presidência da República. Ele afirmou: o cenário para o pleito deste ano ainda está muito aberto, sem nenhum nome no chamado centro “que possa reivindicar a liderança no momento”.
Ainda segundo o deputado, o quadro será definido apenas mais à frente e que “será presidente” quem conseguir articular o maior número de alianças e de palanques nos estados.
“Todo mundo tem chance e ninguém tem chance ainda. Agora, tem que ter uma construção política. Acredito que o próximo presidente será quem tiver a melhor articulação e os melhores palanques”, disse. “O DEM tem isso”, emendou.
Questionado sobre se a decisão do prefeito de Salvador, ACM Neto, de não concorrer ao governo da Bahia prejudica seu plano de ter palanques fortes, Maia disse entender que não, pois teria ganho, por outro lado, um coordenador de campanha.
Reportagem publicada nesta quinta-feira (19) pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o DEM passou a reavaliar a candidatura Maia e buscar alianças, como a do tucano Geraldo Alckmin. O próprio deputado havia dito, no início do ano, que seria candidato se alcançasse 7% de intenção de voto até maio. Contudo, o último levantamento do Instituto Datafolha mostrou o presidente da Câmara estagnado com 1% das preferências.
Indagado sobre esses números, Maia, disse ter sido mal entendido. “Eu fui perguntado sobre que número gostaria de ter, eu disse 6% ou 7%, mas eu gostaria, nunca disse que (dependia disso)”, minimizou. A sociedade vai deixar para tomar sua decisão no final, em julho, então a decisão (sobre candidatura) não irá ser tomada olhando somente as pesquisas”, acrescentou.