Maggi nega prática ilegal com carne de frango brasileira
Ministro da Agricultura se mostrou tranquilo sobre investigações governo da China sobre a prática de dumping
atualizado
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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, demonstrou tranquilidade diante da notícia que o governo da China abriu investigações sobre a prática de dumping na carne de frango brasileira. A investigação se prolongará por pelo menos um ano, até 18 de agosto de 2018, com a possibilidade de prorrogação por mais 12 meses, informou o Ministério em um comunicado.
“Sabemos que não há essa situação”, comentou ele ao jornal “O Estado de S. Paulo”. A interlocução com o governo chinês será liderada pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), segundo informou. O Ministério da Agricultura acompanhará de perto as negociações.
Questionada, a embaixada da China no Brasil ressaltou a importância da parceria comercial entre os dois países. “A parte chinesa realizará, conforme as regras da OMC e legislações chinesas, investigações justas sobre a importação de carne de frango do Brasil”, informou em nota. “A parte chinesa está disposta a manter contato com a parte brasileira, para os dois lados acomodarem as preocupações entre si e salvaguardarem o desenvolvimento saudável das relações comerciais bilaterais.”
O dumping é uma prática desleal de comércio que consiste em exportar produtos abaixo de seu custo de produção, causando danos à produção do país importador. Quando essa situação é comprovada, o país importador pode impor uma taxação adicional de forma a compensar esse dano.De acordo com dados do MDIC, a China importou diretamente R$ 860 milhões em carne de frango no ano passado, um aumento de 41,43% sobre 2015. A China é o principal mercado para esse produto brasileiro.