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Mães de crianças com microcefalia reclamam de falhas no tratamento

No Ceará, distribuição de suplemento alimentar e de fraldas está irregular há pelo menos três meses. Famílias criticam “descaso” do governo

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Sabrina Duarte, de 24 anos, com o filho de 4 anos.
1 de 1 Sabrina Duarte, de 24 anos, com o filho de 4 anos. - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Mães de crianças com microcefalia reclamam da falta de assistência em Fortaleza. A Célula de Assistência Farmacêutica (Celaf), órgão ligado à Secretaria Estadual de Saúde do Ceará, é responsável por distribuir dieta, remédios e fraldas para esses pacientes. A entrega, contudo, está irregular há três meses.

Sem respostas do governo de quando a assistência voltará ao normal, um grupo de mães planeja uma manifestação na sede do local.

Uma das famílias afetadas é da dona de casa Sabrina Duarte, de 24 anos. Moradora do bairro Ancuri, ela é mãe de um menino de 4 anos que recebe atendimento do local (veja galeria abaixo). Contudo, a entrega do suplemento alimentar e de fraldas está comprometida.

“Algumas mães que ainda têm estoque ajudam umas às outras, e outras compram nas farmácias, como eu. Estou tendo que comprar porque até de quem me ajudava o estoque acabou”, conta. Uma lata do leite necessários custa, em média, R$ 42, e dura dois dias.

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Sabrina Duarte, de 24 anos, com o filho de 4 anos.
Nathalya Edla Almeida Silva, de 26 anos, com o filho, um menino de 5 anos
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Sabrina detalha que a situação piorou em abril. “Já ouvi nos grupos que tem mães dando outros tipo de alimentos, por que não têm dinheiro pra comprar. Um risco muito grande de infeção”, explica.

Na mesma situação está a dona de casa Nathalya Edla Almeida Silva, de 26 anos. O filho dela, um menino de 5 anos, nasceu com síndrome congênita causada pelo zica vírus.

A jovem classifica a situação como “descaso com os pacientes”. “As crianças estão há mais de um mês com o leite atrasado. Esse leite tem custo alto e não temos condições financeiras de comprar. As fraldas há mais de seis meses não recebemos”, reclama.

Com o problema se agravando, a comunicação com o governo ficou tensa. “Sempre que a gente liga tentado agendar um dia pra receber a dieta ou as fraldas, eles [Secretaria Estadual de Saúde do Ceará] dão a mesma desculpa, que estão em [processo de] compra e assim que chegar, ligam pra avisar”, pondera.

O mais recente contato de Nathalya com a Secretaria Estadual de Saúde do Ceará foi em 1º de junho. Por mensagem de texto, ela cobrou o fornecimento da dieta do filho.

Como resposta, recebeu uma negativa. “Aguardando a chegada do produto. Agendaremos assim que possível”, resume a pasta.

Versão oficial

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde do Ceará informou que está comprando o suplemento. “A Secretaria da Saúde do Ceará informa que o suplemento Fortini e o medicamento Sabril estão em fase de aquisição”, resume o texto. A pasta não marcou data para a regularização do fornecimento.

A Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza informou que o nome dos pacientes não consta no sistema de atendimento realizado pelo município.

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