Mãe suspeita de causar a morte do próprio bebê por maus-tratos é presa em MG
Caso aconteceu em fevereiro de 2022, em Jataí (GO); a mulher foi presa na Grande BH (MG) e, segundo a polícia, ela está grávida
atualizado
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Goiânia – Uma mulher suspeita de praticar maus-tratos que causaram a morte do filho dela, o bebê Henry Gabriel, de 1 ano, em Jataí, no sudoeste goiano, foi presa na terça-feira (16/5) em Betim, na Grande BH. Conforme as investigações do caso, o menino era vítima de agressões constantes e a morte foi causada por uma pancada forte na cabeça, em fevereiro do ano passado.
De acordo com o boletim de ocorrência, os militares de Minas Gerais foram informados de que Brenda Cristina Vidal Marinho, de 28 anos, era alvo de um mandado de prisão e estaria vivendo no bairro Chácaras Santo Antônio (Vila Bemge). Quando chegaram ao local, os policias foram atendidos pela mulher, que está grávida novamente. Ela foi conduzida para a delegacia.
Foragida
Brenda e o padrastro de Henry Gabriel, Jaredy Wanderley da Silva, foram indiciados pela Polícia Civil de Goiás em maio de 2022. O caso foi divulgado pelo Metrópoles. A Justiça decretou a prisão do casal, que estava foragido desde a data.
À época do crime, a mãe e o padrasto de Henry alegaram, no hospital, que a criança havia caído da cama. Ela, que estava trabalhando na hora do crime, foi avisada da situação, mas não teria relatado o verdadeiro motivo das lesões na unidade de saúde.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que formalizou o cumprimento do mandado de prisão preventiva contra Brenda.
Maus-tratos
A criança morreu no dia 8 de fevereiro de 2022, no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, para onde foi transferido de Jataí, três dias antes, por causa da gravidade das lesões. De acordo com o delegado que investigou o caso, Marlon Souza, o traumatismo-craniano teria sido provocado por algum “instrumento contundente”, como pedaço de madeira e martelo, ou “até mesmo por socos desferidos por Jaredy”.
“Brenda Cristina demonstrou, desde o início, total desumanidade e indiferença ao sofrimento da criança, vítima de uma crueldade incompatível com a definição cristã e até mesmo biológica de mãe, sendo não só coautora dos maus-tratos, como também omissa no dever de proteção e cuidado para com o indefeso filho, exposto e vulnerável a posterior ação letal do padrasto”, afirmou o delegado à época do indiciamento.
De acordo com o investigador, a perícia comprovou a quantidade e a natureza das lesões presentes no corpo de Henry e indicaram que ele vinha sendo maltratado por vários dias, o que gerou lesões e fraturas nas pernas, na mandíbula, na boca, no tórax, nos braços e na cabeça. “Terminou com uma lesão mais grave, o traumatismo craniano, que efetivamente foi a causa de sua morte”, afirmou ele.