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Mãe sedada por anestesista: “Não consegui nem segurar meu bebê”

Paciente teve gêmeos e uma das crianças morreu um dia após o parto. Ela foi sedada pelo anestesista preso por estupro no Rio

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Giovanni Quintella Bezerra
1 de 1 Giovanni Quintella Bezerra - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – A vendedora Thamires Souza Reis da Silva, de 23 anos, registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, contra o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, preso por estupro. De acordo com a jovem, em entrevista ao O Globo, ela não conseguiu segurar o filho no colo, antes da criança morrer, em razão da sedação feita por ele.

O caso aconteceu no dia 5 deste mês, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, unidade de saúde onde o médico foi preso em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A mulher saiu da Posse, em Nova Iguaçu, também na Baixada, e foi ao local onde seria o parto dos filhos gêmeos. O primeiro bebê de Thamires, Daniel, nasceu horas depois que ela chegou ao hospital, de parto normal. No entanto, ela foi submetida a uma cesariana, no dia seguinte, para o nascimento de Davi.

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Ele é formado pelo Centro Universitário de Volta Redonda
Ele é acusado de estupro contra uma grávida que estava em cesárea
Giovanni Quintella foi preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11/7)
Giovanni Quintella Bezerra
Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante
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Anestesista é preso por estuprar mulher que estava em parto

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Ele é formado pelo Centro Universitário de Volta Redonda

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Ele é acusado de estupro contra uma grávida que estava em cesárea

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Giovanni Quintella foi preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11/7)

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Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante

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Vídeo flagra médico anestesista estuprando grávida durante parto cesárea

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Giovanni Quintella Bezerra

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Giovanni Quintella foi transferido da Deam para o presídio de Benfica

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Jovem foi sedada e acredita ter sido vítima de estupro do anestesista Giovanni Quintella

Daniele Dutra/ Metrópoles

Segundo Thamires, ela foi sedada por Giovanni. De acordo com ela, ficou dopada a ponto de não conseguir assistir o parto ou sequer segurar o bebê, que morreria um dia depois.

“Eu não queria dormir. Queria ver o meu bebê nascer. Queria saber se ele nasceria vivo ou morto. Mas ele disse que eu poderia dormir, ficar calma, que era assim mesmo e que eu poderia ficar tranquila. Eu não queria dormir. Infelizmente, eu vi meu filho sair da barriga e não cheguei a pegá-lo no colo. Eu não pude pegar meu filho no colo antes de ele falecer. Só acordei horas depois sem saber o que tinha acontecido. Não tive o privilégio de pegar o meu bebê antes de ele falecer. Eu não sei o rosto do meu filho. Só conheço o meu filho por foto. Eu estava dopada por esse mostro”, disse a vendedora à imprensa.

“Ele estava me acalmando. Ele dizia que estava tudo bem. Eu tentei me controlar ao máximo para ver o meu filho. Eu lembro de tudo do primeiro parto. Ele me ajudava e chegou até impedir meu esposo de acompanhar. Esse médico mandou meu marido sair do centro cirúrgico”, completa ela.

Apesar do boletim de ocorrência ter sido registrado nessa segunda, Thamires resolveu quebrar o silêncio e mostrar o rosto. Ela acredita que com isso outras pessoas virão a público e denunciarão o médico.

“Voltou suja”

A família afirma que Thamires saiu da sala de parto com o rosto branco, e acredita que tratava de sêmen que pode ser de Giovanni. De acordo com a mãe dela, a filha tinha “algumas casquinhas secas, brancas” sobre o rosto e o pescoço. “Achava que era algum medicamento entornado”, disse nessa segunda-feira (11/7) na saída da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, onde acompanhou a filha.

“Eu não estava ali para dormir. A dosagem foi tão forte que eu senti um sono absurdo e eu não consegui me controlar. Eu não sei o que ele fez comigo. Mas a minha família diz que eu estava com o rosto branco. Ele pode ter feito algo comigo e eu não sei. E para piorar: no dia seguinte ele foi até a sala onde eu estava, perguntou se eu estava bem, ficou falando comigo e ainda me aplicou uma injeção”, disse Thamires.

Fora da sala

O empreiteiro Wagner Pena Sarmento, de 39 anos, conta que chegou a assistir ao parto do primeiro filho. Mas teria sido impedido por Giovanni de participar da cesariana do segundo bebê. Ele ressalta que deixou a sala de parto por achar que seria um procedimento normal.

“O anestesista me mandou sair na metade do parto. Minha esposa já tinha dormido e eu não tinha visto nem a criança nascer”, disse o marido da vítima.

“Depois de três horas fui perguntar sobre a minha esposa e ela continuava dormindo. Depois ela me explicou que não é normal dormir assim durante a cesárea”, explicou o homem.

Ainda em declaração, Wagner disse que sente revolta pela situação. “No dia após a cirurgia, ele ainda me aconselhou a processar o hospital porque não poderia fazer uma cirurgia sem uma ultrassonografia. Essa é uma sensação de revolta. Você coloca sua esposa num hospital achando que é seguro e não é. Só estamos aqui para que outras pessoas o denunciem. Eu estou revoltado. Você nunca imagina que sua esposa será estuprada numa mesa de cirurgia. Ele é um monstro”, ressaltou.

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